WILSON TOSTA
da Sucursal do Rio

JAQUELINE RAMOS
free-lance para a Folha

Mergulhadores do Corpo de Bombeiros retomaram ontem de manhã as buscas ao helicóptero em que o empresário Eduardo Tapajós, dono do Hotel Glória, morreu ao cair no mar no dia 4 de janeiro, na baía da ilha Grande, em Angra dos Reis (a 151 km do Rio).
O trabalho recomeçou por iniciativa da DAS (Divisão Anti-Sequestro), depois que uma mulher contactou a família de Tapajós dizendo saber onde está o helicóptero. Segundo a Polícia Civil, ela pediu dinheiro para revelar o local.
O trabalho dos bombeiros acabou sendo suspenso, por falta de visibilidade. Policiais foram ao Rio para tentar localizar o pescador que teria achado a aeronave. As buscas devem prosseguir hoje.
O mergulhador Alexandre Faria disse ter feito a marcação do local do acidente no GPS (Global Position System, sistema que usa satélites), mas anteontem anunciava que não participaria mais das buscas sem pagamento. Ontem, pressionado, sobrevoou a área.
O mergulhador Faria disse ter sido contratado por Hermano Reis e por uma mulher chamada Duda para filmar o helicóptero.
Os dois seriam amigos do pescador da região que teria encontrado o aparelho após vários dias de busca com uma rede.
O interesse de Reis, de Duda e do pescador seria o dinheiro oferecido pela família (R$ 30 mil) para quem achasse o aparelho.
O helicóptero estaria, segundo Faria, a 26 metros de profundidade, em um ponto a uma milha da costa, entre o hotel Portogallo e a vila do Abraão, na ilha Grande.



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