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Migração aumenta insegurança
do Conselho Editorial
Estatísticas inéditas produzidas
pelo SOS Criança dão pistas sobre
os motivos do aumento da percepção de insegurança na classe média
paulistana. Os educadores do SOS
perguntam a crianças de rua se elas
usam ou não drogas -um critério
que, a rigor, vai encontrar um resultado subestimado.
De março de 1997 a abril de 1998,
20% das crianças e dos adolescentes do centro se diziam consumidores de drogas; em sua maioria,
cola e crack. Ou ambos.
No período de abril de 1998 a fevereiro deste ano, essa porcentagem despencou para 9%. Menos
do que a metade. Para onde foi esse
consumo?
A região sul, que engloba o bairro dos Jardins, pulou, no período,
de 0,81% para 9%, o que revela
com clareza a migração dos dependentes. Também aumentou na zona oeste, onde os educadores contataram os drogados em bairros
como Pinheiros e Vila Madalena:
saltou de 1,93% para 2,33%.
Não significa que nesses pontos
seja necessariamente realizado
tráfico. Mas os dependentes andam nesses locais e, assim, cresce o
risco de furtos e assaltos.
A estatística sobre onde moram,
nas ruas, crianças e adolescentes
sofre uma tendência semelhante.
O SOS detém a melhor amostragem sobre quantos garotos moram
nas ruas; no centro, engloba cerca
de 90%.
O que se vê, no mesmo período, é
a redução da população infantil de
na região central. Caiu de 526 para
328, próximo dos 35%.
(GD)
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