|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Lixo se acumula em praças da região central
Sé e Roosevelt têm mais problemas; prefeitura afirma que algumas áreas são limpas quatro vezes por dia
DO "AGORA"
O lixo espalhado pelos jardins e o cheiro forte de urina
denunciam a falta de manutenção na praça da Sé, marco zero
da capital. A situação é semelhante em outras praças da região central, como a Roosevelt.
Um pouco melhor estão a
praça da República e a Ramos
de Azevedo, ainda que apresentem sujeira e tenham um número insuficiente de lixeiras
(muitas estão quebradas).
Um impasse entre a Prefeitura de São Paulo e a empresa responsável pela varrição do centro tem deixado a região sem a
limpeza adequada -cerca de
20% dos mil funcionários que
varrem a região estão sem trabalhar há pelos menos 20 dias.
O problema se iniciou quando o sindicato dos garis exigiu
um pagamento maior para os
ajudantes de serviços gerais,
que, contrariando a convenção
da categoria, estavam trabalhando como varredores.
Um ajudante, cuja função é
capinar o mato e pintar o meio-fio, recebe R$ 490. Já um varredor ganha R$ 635, mais R$ 93
de adicional de insalubridade.
A prefeitura diz que a paralisação dos varredores afetou
mais a varrição nas ruas do que
nas praças. A Secretaria das
Subprefeituras afirma que algumas áreas são varridas até
quatro vezes por dia.
Das 30 praças espalhadas pela cidade que a reportagem visitou, dois terços apresentavam
algum tipo de problema. Uma
das que estavam com a limpeza
em dia é a praça Dom José Gaspar, entre a avenida São Luís e a
rua da Consolação -só 20% das
4.620 praças da cidade são
mantidas por empresas.
Outro bom exemplo de limpeza é o da praça Padre Aleixo
Monteiro Mafra, na zona leste.
Outro lado
Segundo a gestão Gilberto
Kassab (DEM), a varrição é feita regularmente, e a quantidade de lixeiras será reforçada.
Em áreas menos movimentadas, como a praça Professor
Américo Portugal Gouveia, na
Saúde (zona sul), a varrição é
feita duas vezes por semana.
A prefeitura afirma que
2.000 lixeiras já foram adquiridas e serão instaladas neste
mês na área central.
Nas outras regiões, segundo a
pasta, o processo de compra de
lixeiras já está em andamento.
As lixeiras depredadas por vândalos, que chegam a quase 30%
do total, serão trocadas. A prefeitura disse também que o
vendaval que atingiu a cidade
na última segunda-feira agravou o acúmulo de lixo.
Texto Anterior: Maioria afirma que não deixará de ir a bares Próximo Texto: Chacina: Crime deixa três homens mortos na Grande São Paulo Índice
|