São Paulo, segunda-feira, 11 de maio de 2009

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Lixo se acumula em praças da região central

Sé e Roosevelt têm mais problemas; prefeitura afirma que algumas áreas são limpas quatro vezes por dia

DO "AGORA"

O lixo espalhado pelos jardins e o cheiro forte de urina denunciam a falta de manutenção na praça da Sé, marco zero da capital. A situação é semelhante em outras praças da região central, como a Roosevelt.
Um pouco melhor estão a praça da República e a Ramos de Azevedo, ainda que apresentem sujeira e tenham um número insuficiente de lixeiras (muitas estão quebradas).
Um impasse entre a Prefeitura de São Paulo e a empresa responsável pela varrição do centro tem deixado a região sem a limpeza adequada -cerca de 20% dos mil funcionários que varrem a região estão sem trabalhar há pelos menos 20 dias.
O problema se iniciou quando o sindicato dos garis exigiu um pagamento maior para os ajudantes de serviços gerais, que, contrariando a convenção da categoria, estavam trabalhando como varredores.
Um ajudante, cuja função é capinar o mato e pintar o meio-fio, recebe R$ 490. Já um varredor ganha R$ 635, mais R$ 93 de adicional de insalubridade.
A prefeitura diz que a paralisação dos varredores afetou mais a varrição nas ruas do que nas praças. A Secretaria das Subprefeituras afirma que algumas áreas são varridas até quatro vezes por dia.
Das 30 praças espalhadas pela cidade que a reportagem visitou, dois terços apresentavam algum tipo de problema. Uma das que estavam com a limpeza em dia é a praça Dom José Gaspar, entre a avenida São Luís e a rua da Consolação -só 20% das 4.620 praças da cidade são mantidas por empresas.
Outro bom exemplo de limpeza é o da praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, na zona leste.

Outro lado
Segundo a gestão Gilberto Kassab (DEM), a varrição é feita regularmente, e a quantidade de lixeiras será reforçada.
Em áreas menos movimentadas, como a praça Professor Américo Portugal Gouveia, na Saúde (zona sul), a varrição é feita duas vezes por semana.
A prefeitura afirma que 2.000 lixeiras já foram adquiridas e serão instaladas neste mês na área central.
Nas outras regiões, segundo a pasta, o processo de compra de lixeiras já está em andamento. As lixeiras depredadas por vândalos, que chegam a quase 30% do total, serão trocadas. A prefeitura disse também que o vendaval que atingiu a cidade na última segunda-feira agravou o acúmulo de lixo.


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