São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 2002

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CASO TONINHO

Ministério Público aponta falhas no processo

Promotoria denuncia Andinho pelo assassinato de prefeito do PT

DA FOLHA CAMPINAS

O Ministério Público em Campinas (95 km de São Paulo) denunciou ontem o sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, 23, o Andinho, por participação na morte do prefeito Antonio da Costa Santos, em setembro passado, e determinou abertura de investigação sobre o trabalho da Polícia Civil campineira.
Com isso, o caso vai para um juiz, que decide se Andinho será julgado em júri popular ou não. Esse trâmite pode durar cerca de um ano, segundo promotores.
Mesmo sem confissão, sem a arma do crime e sem a reconstituição dos fatos, a Promotoria endossou a tese da polícia de que Toninho foi morto por integrantes da quadrilha de Andinho que estavam no Vectra prata. No entanto, a motivação do assassinato continua sem resposta.
Segundo a Promotoria, a polícia da cidade "omitiu provas dos autos". Pelo menos cinco testemunhas teriam sido "preteridas" pelo delegado seccional de Campinas na época, Osmar Porcelli.
Os quatro promotores que acompanharam as investigações da morte de Toninho vão pedir nesta semana a abertura de um inquérito policial para apurar ainda o motivo pelo qual Anderson Rogério David, Flávio Roberto Mendes Cunha Claro e o adolescente A.S.C. confessaram a prática do crime contra o petista.
Porcelli negou que tenha omitido informações ou deixado de ouvir testemunhas no inquérito.
A advogada de Andinho, Elaine Cristina Feitosa, foi procurada ontem pela Folha, mas ela não pôde falar com a reportagem.
Em depoimento à polícia, ele nega envolvimento com o caso.



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