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PEDOFILIA
Delegada diz que não quer dar "brecha" a contestações
Polícia continua busca por provas em apartamento de norte-americano
MANUELA MARTINEZ
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Dois dias depois de prenderem o advogado norte-americano Lawrence Allen Stanley, 47, agentes da Polícia Federal da Bahia continuavam vasculhando o apartamento dele em busca de mais provas que possam ligá-lo à pedofilia. Acusado de comandar uma rede internacional de pedofilia, Stanley foi preso no último sábado por 15
agentes da PF. Em seu apartamento, foram encontrados disquetes, filmes, vários negativos e fotografias de garotas em poses supostamente eróticas.
"Apesar de já termos encontrado material suficiente para incriminá-lo, estamos à procura de mais documentos para não dar brecha às contestações", disse a
delegada Rita Sanches, que comandou a prisão de Stanley.
Ontem, em depoimento à PF, Stanley negou participação na
edição e transmissão de fotos eróticas para sites internacionais.
"O material que estava em minha casa era para que eu pudesse
promover uma revisão, já que eu
sou advogado contratado pelo site que hospedava as imagens."
Ainda em seu depoimento, ele
disse que pedia autorização aos
pais das crianças e que as garotas
eram fotografadas no litoral norte
da Bahia com roupas de praia.
Condenado pela Justiça holandesa por atentado violento ao pudor e abuso sexual de três crianças, Stanley também já foi processado pela Justiça Federal dos EUA
por distribuir pornografia infantil, segundo a PF.
Para chegar ao acusado, a PF
contou com a ajuda da Interpol e
do motorista de táxi Francisco
Ciotti Filho, que trabalhou para o
acusado durante três anos.
Após receber o mandado de prisão, expedido pelo juiz Wilson Alves de Souza, da 7ª Vara da Justiça
Federal, o motorista foi abordado
pelos agentes que o convenceram
a levá-los à casa do norte-americano. No momento em que foi
preso, segundo a PF, Stanley
transmitia fotos pela internet.
Ele chegou ao Brasil há quatro
anos. Após desembarcar em São
Paulo, seguiu para Salvador, onde
montou um estúdio fotográfico
na praça Castro Alves (centro).
No documento encaminhado a
Souza, a PF disse que Stanley geria rede de pornografia infantil
com atuação em vários países.
O pedido de prisão temporária de Stanley vence quinta-feira.
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