DA REPORTAGEM LOCAL

A Câmara Municipal vai gastar R$ 401,5 mil até o final deste ano com o aluguel de carros para os vereadores. A renovação da frota, que já tem mais de dez anos de uso, havia sido decidida no final do ano passado, mas só ficou definitivamente acertada ontem.
Os novos veículos dos vereadores serão carros Siena, da Fiat, com motor a gasolina 1.8, ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, quatro portas e cor preta. Para escolher a empresa que fornecerá os carros, o Legislativo realizou um pregão, em uma espécie de leilão às avessas, em que o menor lance vence.
Das 35 companhias que retiraram o edital, 15 apresentaram propostas. Os lances iniciais variaram de R$ 3.141 a R$ 1.530. As três menores ofertas foram classificadas para a fase final, em que cada uma baixava o preço até quanto podia. A vencedora foi a Lapenna Car, que receberá R$ 1.460 mensais por cada um dos 55 carros. O prazo de entrega é de 15 dias úteis. Segundo cálculos da Mesa Diretora, o valor final representa economia de 37% sobre o preço médio de mercado.
A Lapenna tem sede em Bofete (a 189 km de SP, perto de Botucatu). Segundo seu representante no pregão, Carlos Santos, a empresa possui cerca de 700 veículos e conseguiu oferecer o menor valor por ter concessionárias, o que torna mais fácil a negociação dos carros zero. "A margem de retorno é muito pequena", disse.
O contrato tem prazo de um ano, mas pode ser renovado por até cinco. Está prevista a mudança da frota a cada 30 meses.
A Câmara decidiu alugar os carros com base em estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) no ano passado, que apontava uma economia de 18% em relação à opção de comprar os veículos.
Atualmente, a Câmara gasta cerca de R$ 40 mil mensais só com peças para a sua frota, além do seguro dos carros, que custa um total de R$ 66 mil por ano. Na locação, a manutenção e o seguro estão incluídos no contrato.
Segundo o vereador Cláudio Fonseca (PC do B), mesmo levando em conta que carros novos teriam manutenção bem menor, haverá uma economia de cerca de R$ 800 mil em quatro anos.
A Câmara já havia utilizado o sistema de pregão no final de maio, para comprar 244 computadores e 202 impressoras. O preço de mercado do equipamento, segundo levantamento do Legislativo, era de R$ 1,573 milhão, mas o custo ficou em R$ 974 mil, o que significou uma economia de 38%.
(PEDRO DIAS LEITE)


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