São Paulo, sexta-feira, 11 de julho de 2008

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Congonhas vai ampliar pista do Aerolula

Projeto orçado em R$ 4 milhões é a primeira medida de segurança no aeroporto após acidente com aeronave da TAM

Governo avalia que a área de pousos e decolagens do avião presidencial e de demais autoridades está muito próxima à de outros aviões


ANDREZA MATAIS
FERNANDA ODILLA

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Defesa pediu à Infraero que amplie a pista do aeroporto de Congonhas (zona sul da capital paulista) para garantir a segurança dos vôos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outras autoridades, inclusive militares.
Uma das propostas, orçada em R$ 4 milhões, é construir uma laje similar à de viadutos que teria capacidade para receber o Aerolula e aeronaves de outras autoridades.
A idéia é aumentar o espaço destinado a pousos e decolagens das aeronaves VIPs.
A medida é a primeira na área de segurança definida após o acidente com o avião da TAM no ano passado. Desde o acidente, em 17 de julho de 2007, em Congonhas, o governo não tomou novas medidas de segurança no terminal.
A pista principal teve a dimensão reduzida e foi feito "grooving" (ranhuras), mas são medidas que já estavam previstas antes do desastre.
A avaliação no governo é que a área reservada a pousos e decolagens do avião presidencial está próxima à destinada para as demais aeronaves, havendo risco de as asas se chocarem.
"Vamos alocar o avião presidencial e os que demandam aquele terminal num pátio específico. Queremos aumentar o nível de segurança", disse o ministro Nelson Jobim (Defesa).
A medida é necessária, segundo Jobim, porque haverá maior circulação de aeronaves em Congonhas com a decisão do governo de reduzir o tempo de pouso e decolagem no local.
O presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, disse que o projeto está orçado em R$ 4 milhões. A Folha apurou que a laje seria construída sobre uma área de estacionamento de carros utilizada hoje pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) entre o terminal de passageiros e a ala de desembarque de autoridades.
Outra alternativa seria o recorte num canteiro e a ampliação de uma área em cima de um aterro onde o avião ficaria estacionado. Esse projeto está orçado em R$ 2 milhões e exigiria deslocamento das aeronaves VIPs para embarque e desembarque.
"Vai caber à Presidência examinar as opções e escolher", disse Gaudenzi. Segundo ele, não há intenção de fazer mudanças no saguão de autoridades de Congonhas, considerado um dos melhores do país.
O presidente da Infraero disse que, apesar de previstas para aumentar a segurança do aeroporto, não há previsão para iniciar a construção da área de escape e das mudanças na torre do terminal.


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