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Motoristas decidem parar na 2ª
DA REPORTAGEM LOCAL
Os motoristas e cobradores de
ônibus da cidade de São Paulo decidiram ontem, em assembléia,
fazer uma paralisação na próxima
segunda-feira, das 3h às 7h. A categoria reivindica a redução da
jornada de trabalho.
A greve deverá afetar as viagens
de pelo menos 1 milhão de paulistanos que utilizam os ônibus no
período da manhã. Será a primeira envolvendo todas as 53 viações
da capital desde que a prefeita
Marta Suplicy determinou a elevação da tarifa de R$ 1,15 para R$
1,40, em maio.
Os ônibus sairão das garagens
às 7h, mas só devem chegar aos
pontos a partir das 8h. A categoria
ameaça fazer outra paralisação na
semana que vem, provavelmente
na sexta, se não houver contraproposta dos empresários.
O sindicato dos motoristas diz
que, durante a negociação do dissídio coletivo, três meses atrás, os
empresários do setor se comprometeram a reduzir a jornada diária, a partir de agosto, das atuais
sete horas e dez minutos para seis
horas e 40 minutos.
O Transurb (sindicato das viações) admite ter assinado uma
cláusula sobre a jornada de trabalho, mas sem definir a quantidade
de tempo que seria reduzida. Ontem, a entidade ofereceu uma carga diária de sete horas. Os condutores aceitam, no máximo, seis
horas e 50 minutos.
O secretário municipal dos
Transportes, Carlos Zarattini, ontem, informou que fará um apelo
às duas partes, já que a diferença
entre as propostas é, agora, de
apenas dez minutos. Os patrões
também querem a criação de uma
jornada alternativa para novos
trabalhadores, variando de quatro horas e dez minutos a cinco
horas e dez minutos.
Além da greve, a assembléia do
sindicato defendeu a realização
de uma manifestação na segunda-feira à tarde em favor da distribuição de passes aos desempregados. A idéia é encabeçada pela
Força Sindical, entidade que faz
oposição ao governo Marta e ligada aos motoristas e cobradores.
O presidente do Transurb, Sérgio Pavani, divulgou um comunicado ontem para dizer que as viações têm prejuízo mesmo após a
elevação de 21,74% da tarifa, acima da inflação de 14,6% medida
pela Fipe-USP desde janeiro de
1999, data do reajuste anterior.
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