DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, 56, decidiu assumir publicamente o seu namoro com o assessor internacional do PT, Luis Favre, 51, que é franco-argentino e mora em Paris.
Seu ex-marido, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), foi um dos primeiros a saber, pela própria Marta, que ela tornaria público o relacionamento amoroso com Favre. "Ela não falou em casamento", afirmou Suplicy. O senador não comenta mais nada sobre o caso.
Os três filhos da prefeita e do senador (Supla, André e João) também foram avisados de que a mãe assumiria seu namoro.
Os filhos evitam falar sobre a vida pessoal da mãe. "Meus pais já são bem grandinhos. O eleitor tem de estar preocupado com o que ela vai fazer para São Paulo. Com quem ela vai casar ou não, não importa", disse Supla.
A divulgação da decisão da prefeita de revelar seu relacionamento amoroso foi feita ontem pelo jornal "O Globo".
Após um casamento de 36 anos, Marta e Suplicy se separaram em abril. Na época, Favre foi apontado como o pivô da crise conjugal. No final do ano passado, o senador disse à revista "Veja" que se incomodava com a proximidade de Marta com Favre, ex-militante trotskista que, durante o segundo turno das eleições municipais de 2000, cumpriu o papel de assessor especial da então candidata.
Na última semana, a prefeita deixou de esconder seu novo relacionamento amoroso.
No sábado passado, na apresentação do regente indiano Zubin Metha e da Filarmônica de Israel, na Sala São Paulo, os dois apareceram juntos e sentaram na mesma fileira, separados apenas por uma amiga. Marta ainda comentou com amigos petistas que sairia para jantar com Favre.

Jantar
Na segunda-feira, ela recebeu o cantor sertanejo Zezé di Camargo e Lula para um jantar na sua nova casa nova, no Jardim Paulistano. Favre estava presente na cerimônia. O senador Eduardo Suplicy não apareceu.
Ontem, ao chegar à Prefeitura de São Paulo, Marta estava sorridente. Trajava um tailleur marrom. Sobre a divulgação de seu namoro, foi breve: "Não comento a minha vida pessoal".
Seus assessores chegaram a pensar, num primeiro momento, em divulgar nota na qual seria dito que os assuntos "casamento" e "Luis Favre" são de interesse particular da prefeita.
Depois, avaliaram que seria melhor não fazer nenhum comentário, até para não gerar mais especulações sobre o tema.
Lideranças petistas também se recusaram a comentar o caso. Os deputados federais José Genoino (SP) e Aloizio Mercadante (SP), por exemplo, utilizaram praticamente a mesma frase: "No PT, não falamos da vida pessoal dos adversários, quanto mais dos companheiros".
Secretários municipais que participaram de reunião de trabalho com Marta também mantiveram-se mudos quando o tema era Luis Favre e a prefeita.



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