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São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2003

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SAÚDE

Advogado da Cibrasa afirma que já fez pedido de cadastro na Anvisa, o que o autoriza a comercializar cigarros

Empresa diz que é regular; 4 não são achadas

DA SUCURSAL DO RIO

Durante toda a semana passada, a Folha tentou entrar em contato com as quatro fábricas que, de acordo com a Anvisa, não possuem cadastro de marcas no órgão e com a indústria Cabofriense, que fabrica os cigarros "Sussex", como os que foram apreendidos na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial do Rio.
O advogado da Cibrasa, Alexandre Mainente, afirma que a empresa solicitou no dia 5 de junho deste ano o cadastro na Anvisa. Ele diz também que pagou a guia de recolhimento referente ao pedido em 30 de maio deste ano.
"O processo de cadastramento é complicado. Estou tentando averiguar se houve problema na transmissão de dados da Anvisa em Brasília para a Vigilância Sanitária do Rio. Já procurei a agência para saber por que o nome da empresa não consta da lista de pedidos de cadastro e estou aguardando a resposta deles", afirma.
Segundo a Anvisa, a partir do momento em que a empresa faz o pedido de cadastro, ela já pode comercializar seu produto até que o órgão decida pela aceitação ou não. Por essa razão, de acordo com Mainente, a situação da Cibrasa estaria regular.
"Eu tenho todos os documentos para provar que já fiz o pedido de cadastro, o que, pela legislação, já me autoriza a comercializar o produto. Não tem lógica nenhuma pararmos de fabricar por causa de uma burocracia", afirma o advogado da Cibrasa.

Sem resposta
A Folha entrou em contato no início da tarde de sexta-feira com a Cabofriense. Foram enviados um e-mail e um fax para a empresa com as perguntas da reportagem a respeito da apreensão dos cigarros da marca "Sussex". Até o fechamento desta edição, ainda não havia resposta da empresa.
A Folha também tentou ouvir as indústrias Fenton, Rei e Ciamérica. No caso da Fenton, em várias tentativas, em diferentes horários do dia, ninguém atendia no número que consta da lista telefônica. A indústria Rei, também do Rio, não tem número cadastrado na lista telefônica. Também não havia número de telefone na lista para o endereço que consta como sendo da Rei no inquérito na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial.
Também não foi possível localizar os donos da Ciamérica, que teria a sua sede no município de Venâncio Aires (Rio Grande do Sul). A associação comercial da cidade e funcionários de uma distribuidora de cigarro do município informaram que a indústria fechou ou então teria se transferido para a Argentina.

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