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Maria Helena pára de comentar denúncias
da Reportagem Local
Orientada por advogados, a vereadora Maria Helena Fontes
(PL) adotou ontem a tática de não
comentar seu suposto envolvimento com esquemas de corrupção. Ela foi depor à polícia, mas
não fez declarações.
O depoimento começou às 15h
e não tinha acabado até as 19h.
A vereadora foi intimada a depor nos casos em que é acusada
de porte ilegal de armas e de envolvimento em ameaças feitas pelo estelionatário Fabiano Sá Lima
ao vereador Salim Curiati Jr.
Ela já tinha ido à polícia anteontem, mas alegou que estava abalada psicologicamente e que não tinha condições de falar. Por isso, o
depoimento foi marcado novamente para ontem.
A polícia não divulgou o conteúdo do depoimento que Maria
Helena prestava ontem.
A suposta participação dela em
ameaças foi apontada em depoimento dado à polícia por Sá Lima,
que foi preso em flagrante na semana passada quando tentava extorquir Curiati.
Depois da prisão de Sá Lima, oito armas foram encontradas na
casa da vereadora em uma operação de busca e apreensão. Além
das armas, a polícia apreendeu
documentos que, segundo delegados e promotores do Ministério
Público, apontam que a vereadora praticou crime de peculato
(apropriação indevida de bens e
valores públicos) ao exigir devolução dos salários de seus funcionários de gabinete.
Segundo listas apreendidas, a
vereadora teria ficado com R$
46,4 mil dos salários de 13 funcionários de seu gabinete em maio.
Os funcionários, que tinham um
salário total de R$ 50,9 mil, dividiram apenas R$ 4.500.
O depoimento à polícia de duas
ex-funcionárias do gabinete também envolvem a vereadora com
esquemas de indicação de funcionários fantasmas para o Anhembi
e a Prodam (Companhia de Processamento de Dados do Município) e desvio de recursos da Administração Regional da Freguesia do Ó, que já foi controlada politicamente por Maria Helena.
Antes de se calar, Maria Helena
se declarou inocente. Depois, passou a acusar Curiati Jr.
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