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CRIME
Italiano dá conta de ligação com paulista nesse ramo
Polícia apura ligação de Noal a distribuidora de caça-níqueis
ANDRÉ LOZANO
da Reportagem Local
A polícia vai requisitar à junta
comercial o contrato social da
empresa Nevada Diversões, responsável por ter distribuído caça-níqueis em São Paulo, para verificar se há ligação entre ela e a família do empresário Ivo Noal.
Há suspeita de que um dos filhos de Noal -apontado pela polícia como o principal banqueiro
do jogo do bicho em São Paulo-
tenha trabalhado na Nevada Diversões, empresa que não atua
mais no mercado paulista.
O delegado Luiz Alberto Souza
Ferreira, responsável pelas
apreensões de caça-níqueis em
São Paulo, afirmou ainda que deverá convocar Ivo Noal a depor
sobre esse caso.
A Folha informou ontem que a
DIA (Direção Investigativa Antimáfia) de Roma (Itália) obteve
um testemunho que liga Ivo Noal
a uma rede do crime organizado
internacional.
Preso em Roma, Lillo Rosario
Lauricella -um dos líderes da
Banda Magliana (grupo criminoso italiano)- contou, no dia 24
de abril passado, em depoimento
à Justiça italiana, que era associado a Noal na exploração de caça-níqueis em São Paulo.
Lauricella disse que pagava US$
80 mil por mês a Noal para poder
instalar as máquinas nas áreas
controladas pelo empresário. A
DIA acredita que o negócio de caça-níqueis no Brasil sirva para lavar dinheiro do tráfico.
Ivo Noal disse à Folha que nunca conheceu Lauricella e que não
tem ingerência no mercado de caça-níqueis. "Eu não conheço essa
pessoa", afirmou.
O delegado Ferreira, titular da
Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Economia Popular do Decon (Departamento Estadual de Polícia do Consumidor), disse que irá "verificar os sócios" da Nevada.
Ferreira afirmou que nos atuais
inquéritos envolvendo apreensões de caça-níqueis não há referência a Ivo Noal.
"Isso não quer dizer que o seu
nome (de Ivo Noal) não possa
ainda aparecer", disse o delegado.
Tribunal de Justiça
Por 3 votos a 2 o TJ (Tribunal de
Justiça) de São Paulo acatou ontem recurso da defesa de Ivo Noal
e determinou que o empresário
não seja levado a julgamento pelo
Tribunal do Júri. Nesse processo,
Noal era acusado de mandar matar o suposto bicheiro Wilson Nanini. Contra a decisão do TJ cabe
recurso do Ministério Público.
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