ALESSANDRO BRAGHETO
enviado especial a Aramina

A Polícia Civil e o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) investigam a possibilidade de falha humana como a principal causa do acidente com um ônibus de turismo, que matou 13 pessoas anteontem.
O ônibus, que pertence à empresa Line Tour, tombou no km 427 da rodovia Anhanguera, em Aramina (445 km ao norte de São Paulo). O veículo levava 46 pessoas de São Paulo para Caldas Novas, uma estância de águas quentes em Goiás.
A polícia abriu inquérito para apurar as causas do acidente e ouviu ontem os dois motoristas, que se revezavam no volante.
Ambos negaram imperícia e disseram que a forte chuva na hora do acidente -4h20 de anteontem- causou o tombamento do veículo, que caiu em um barranco de sete metros.
O DNER também já abriu processo administrativo para avaliar as causas do acidente. A Folha apurou que o órgão trabalha com a hipótese de o motorista ter dormindo no volante como a principal causa do acidente.
O gerente da Line Tour, Romas Saldys, 59, disse ontem que o acidente ocorreu por causa da chuva, mas não descarta a possibilidade de o motorista ter cochilado. "Tudo é possível", afirmou.
O motorista Oswaldo Mendes Ferreira, 50, disse que a forte chuva e a sujeira na pista fizeram com que o veículo tombasse.
A lista oficial com a relação dos nomes e idades dos 13 mortos foi divulgada apenas ontem pela manhã pela polícia.
Na primeira lista, que saiu por volta das 19h30 de anteontem, constava o nome da aposentada Florinda dos Santos. Por volta das 23h30, a polícia descobriu que ela não estava entre os mortos e que a vítima fatal era Angelina de Francisco Maria.


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