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MISÉRIA
Estado de vítima surpreendeu médicos; pedreiro diz que ela não queria se alimentar
Mulher morre de fome e marido é preso
DO "AGORA"
Médicos do Hospital São Luiz
Gonzaga e policiais do 73º DP (Jaçanã, zona norte) foram surpreendidos por uma cena estarrecedora na noite de anteontem,
quando uma equipe de resgate do
Corpo de Bombeiros chegou ao
hospital socorrendo a dona-de-casa Carmem Aparecida Lopes
Alexandrino, 40.
Totalmente debilitada, com dezenas de feridas pelo corpo, sem
falar nem andar, suja com fezes e
urina, com insuficiência respiratória e, segundo o delegado Walter Torres de Abreu, pesando
pouco mais de 14 quilos, Alexandrino morreu poucos minutos
depois de chegar ao hospital.
Diante do quadro da dona-de-casa -que sofrera havia oito anos
um aneurisma cerebral e, desde
então, passou a viver com dificuldades em uma cama-, o marido
dela, o pedreiro desempregado
Alex Alexandrino, 41, acabou sendo preso em flagrante e autuado
pelo crime de maus-tratos.
A polícia chegou à casa após denúncia anônima. A acusação é
que o pedreiro não alimentava a
mulher havia pelo menos dois
meses. Eles tinham cinco filhos e
moravam em uma casa simples
no Jaçanã. Pelo menos outros três
parentes poderão, segundo
Abreu, responder pelo crime de
homicídio qualificado.
Resposta
Alexandrino ainda não tem advogado e não quis falar com a reportagem. À polícia, ele disse que
a mulher não queria se alimentar.
Três vizinhos disseram à reportagem que o pedreiro nunca
abandonou a mulher e que ele
sempre a tratou muito bem. Para
o vizinho Sérgio Fagundes, a prisão do pedreiro era uma injustiça.
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