São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2004

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FERIADO

Eventos ligados ao Dia das Crianças e manhã nublada, mas quente, atraíram freqüentadores às duas ruas de lazer

Sumaré perde, e Paulista ganha público

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo com o feriado prolongado e o céu nublado, um público recorde, de 50 mil pessoas, aproveitou a manhã de ontem no trecho interditado da avenida Paulista, na região central.
Já a avenida Sumaré, na zona oeste, após dois domingos de muita visitação, assistiu a uma manhã de baixo movimento. Ontem, somente 10 mil pessoas foram passear no local, segundo estimativas da Guarda Civil Metropolitana -um número baixo em relação aos outros dois domingos: 60 mil e 50 mil, em 19 e 26 de setembro, respectivamente.
Na avenida Paulista, as atividades do Dia da Criança, como shows, desfile de palhaços, parede de escalada e cama elástica, levaram ao local milhares de crianças, entre elas 5.000 alunos de escolas municipais. Na Sumaré, as crianças também marcaram presença, mas a avenida não contou com muitas atrações: havia um ônibus-brinquedoteca, com contadores de histórias, além de estandes de ioga, orientação postural e doação de animais, mas a programação especial foi adiada devido ao baixo movimento.

Mais estrutura
Problemas constatados no primeiro dia da interdição da avenida Sumaré, como o baixo número de banheiros públicos e a falta de pontos para a compra de água -ambulantes foram proibidos de vendê-la no local-, foram resolvidos. O espaço conta agora com mais banheiros químicos e cinco estandes para a venda de água, água-de-coco e barras de cereais. Para facilitar o estacionamento de carros e a circulação pela região, a prefeitura decidiu diminuir o trecho da interdição, que ficou com 2 km (em vez de 2,5 km), entre a av. Henrique Schaumann e a rua Ministro de Godói.
Em seu terceiro dia, o evento tem trazido à avenida Sumaré freqüentadores fiéis de parques como Ibirapuera e Villa-Lobos.
O designer gráfico Leonardo Eichinger, 31, por exemplo, aproveitou ontem pela segunda vez o espaço e já o prefere ao parque do Ibirapuera, "distante" para ele, que mora no Pacaembu. A filha Alícia, de um ano e dois meses, que, em geral, já chegava com sono ao parque, agradece: ontem, ela se divertia na brinquedoteca.
Patrícia Campos, 34, costumava ir ao parque Villa-Lobos aos domingos com o marido e os dois filhos, mas foi conhecer o espaço da Sumaré. "Queríamos saber como estava funcionando aqui e estamos gostando", diz.
Outra freqüentadora do parque Villa-Lobos que já aderiu à avenida Sumaré é a estilista Mabel Ikeda, 35. Moradora de Pinheiros, Mabel costuma pedalar no fim de semana e aprovou a ciclovia improvisada na avenida Sumaré.
"A organização me surpreendeu. Além de estar mais tranqüilo, aqui as pessoas respeitam o espaço para as bicicletas", afirma.

Espaço democrático
Aberta ao público, independentemente da classe social, a interdição da avenida Sumaré também foi aprovada por Rosemeire de Souza Ferreira, 11.
Moradora da região de Taboão da Serra (Grande São Paulo), a garota vai aos domingos à praça Benedito Calixto (onde há uma tradicional feira de artesanato aos sábados), próxima ao local, para tomar conta de carros e ganhar um trocado. Ontem, aproveitou para brincar no ônibus-brinquedoteca e pular corda com os irmãos na avenida.
Ao lado, Bruno de Paula Alves, 4, sobrinho do advogado Ricardo de Paula Alves, 29, moradores de Perdizes, também desfrutava do espaço da Sumaré.

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