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FERIADO
Eventos ligados ao Dia das Crianças e manhã nublada, mas quente, atraíram freqüentadores às duas ruas de lazer
Sumaré perde, e Paulista ganha público
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo com o feriado prolongado e o céu nublado, um público
recorde, de 50 mil pessoas, aproveitou a manhã de ontem no trecho interditado da avenida Paulista, na região central.
Já a avenida Sumaré, na zona
oeste, após dois domingos de
muita visitação, assistiu a uma
manhã de baixo movimento. Ontem, somente 10 mil pessoas foram passear no local, segundo estimativas da Guarda Civil Metropolitana -um número baixo em
relação aos outros dois domingos:
60 mil e 50 mil, em 19 e 26 de setembro, respectivamente.
Na avenida Paulista, as atividades do Dia da Criança, como
shows, desfile de palhaços, parede
de escalada e cama elástica, levaram ao local milhares de crianças,
entre elas 5.000 alunos de escolas
municipais. Na Sumaré, as crianças também marcaram presença,
mas a avenida não contou com
muitas atrações: havia um ônibus-brinquedoteca, com contadores de histórias, além de estandes de ioga, orientação postural e
doação de animais, mas a programação especial foi adiada devido
ao baixo movimento.
Mais estrutura
Problemas constatados no primeiro dia da interdição da avenida Sumaré, como o baixo número
de banheiros públicos e a falta de
pontos para a compra de água
-ambulantes foram proibidos
de vendê-la no local-, foram resolvidos. O espaço conta agora
com mais banheiros químicos e
cinco estandes para a venda de
água, água-de-coco e barras de
cereais. Para facilitar o estacionamento de carros e a circulação pela região, a prefeitura decidiu diminuir o trecho da interdição, que
ficou com 2 km (em vez de 2,5
km), entre a av. Henrique Schaumann e a rua Ministro de Godói.
Em seu terceiro dia, o evento
tem trazido à avenida Sumaré freqüentadores fiéis de parques como Ibirapuera e Villa-Lobos.
O designer gráfico Leonardo Eichinger, 31, por exemplo, aproveitou ontem pela segunda vez o espaço e já o prefere ao parque do
Ibirapuera, "distante" para ele,
que mora no Pacaembu. A filha
Alícia, de um ano e dois meses,
que, em geral, já chegava com sono ao parque, agradece: ontem,
ela se divertia na brinquedoteca.
Patrícia Campos, 34, costumava
ir ao parque Villa-Lobos aos domingos com o marido e os dois filhos, mas foi conhecer o espaço da
Sumaré. "Queríamos saber como
estava funcionando aqui e estamos gostando", diz.
Outra freqüentadora do parque
Villa-Lobos que já aderiu à avenida Sumaré é a estilista Mabel Ikeda, 35. Moradora de Pinheiros,
Mabel costuma pedalar no fim de
semana e aprovou a ciclovia improvisada na avenida Sumaré.
"A organização me surpreendeu. Além de estar mais tranqüilo, aqui as pessoas respeitam o espaço para as bicicletas", afirma.
Espaço democrático
Aberta ao público, independentemente da classe social, a interdição da avenida Sumaré também
foi aprovada por Rosemeire de
Souza Ferreira, 11.
Moradora da região de Taboão
da Serra (Grande São Paulo), a garota vai aos domingos à praça Benedito Calixto (onde há uma tradicional feira de artesanato aos
sábados), próxima ao local, para
tomar conta de carros e ganhar
um trocado. Ontem, aproveitou
para brincar no ônibus-brinquedoteca e pular corda com os irmãos na avenida.
Ao lado, Bruno de Paula Alves,
4, sobrinho do advogado Ricardo
de Paula Alves, 29, moradores de
Perdizes, também desfrutava do
espaço da Sumaré.
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