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Vídeo mostra babá dando tapas em bebê, afirma polícia
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Uma babá de 24 anos foi presa em flagrante na última segunda-feira, em Paranaguá (90
km de Curitiba), sob suspeita
de agressão contra um bebê de
sete meses.
Segundo a Polícia Civil, uma
vizinha da família, desconfiada
dos choros constantes da criança, gravou de sua casa as agressões. A babá ficava com o bebê
enquanto os pais trabalhavam.
São quatro minutos de imagens em que Suelen Aparecida
da Silva, de acordo com a polícia, aparece dando tapas na cabeça e nas costas da criança. A
polícia contou 50 tapas ao longo da gravação, com a criança
aos prantos. Um dos pés do bebê tem marcas de mordida.
Na seqüência da gravação, no
quintal da casa, Silva sacode a
criança e a joga no chão, ainda
segundo a polícia. Quando a
mulher parece se movimentar
para pisar no bebê, a vizinha
pede, aos gritos, que a babá pare
com as agressões, pois havia filmado tudo o que ocorrera.
O delegado José Antônio de
Oliva disse que a babá respondeu "cinicamente" à vizinha.
Disse que "não estava fazendo
nada" e que "amava muito a
criança". A vizinha telefonou
para a mãe do bebê e para a Polícia Militar.
Ao ser presa e autuada por
crime de tortura, Silva aparentava estar embriagada, segundo
a polícia. Uma garrafa de uísque foi achada aberta na casa.
Segundo o delegado Oliva, a
babá ficou em silêncio durante
as três tentativas de ouvi-la na
delegacia nesta semana. Ela
não tem advogado.
Silva trabalhava havia dois
meses e meio na casa e tinha sido indicada por amigos e vizinhos da família. O delegado
afirmou que ela teve envolvimento com drogas e tentava se
recuperar do vício.
Os pais da criança pediram
que o caso não fosse divulgado,
mas as informações vieram a
público e a polícia confirmou a
prisão. As imagens da agressão
não foram liberadas. Segundo o
delegado, são "bastante fortes".
A reportagem tentou falar
com Silva, mas, segundo o delegado, ela tem recusado entrevistas e optado pelo silêncio.
A suspeita está presa com outras cinco mulheres acusadas
de tráfico e homicídio. Sem espaço para separá-la das detentas, Oliva disse ter avisado as
presas que todas serão responsabilizadas caso haja represálias contra a babá.
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