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Prefeitura de São Paulo restaura casas históricas
Obras de recuperação incluem a reforma da Casa do Grito
AFRA BALAZINA
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Pouco aproveitadas hoje e
desconhecidas de boa parte da
população, três casas históricas
-no sítio da Ressaca, no sítio
Morrinhos e no parque da Independência- começam a ser
recuperadas pela Prefeitura de
São Paulo.
Fechada por dois anos à visitação pública, a casa bandeirista do sítio da Ressaca, por
exemplo, no Jabaquara (zona
sul), passou por uma restauração, que custou R$ 45 mil, e será reaberta amanhã. Ela inicia
suas atividades com uma exposição de obras de barro e cerâmica, que vai até janeiro.
O sítio Morrinhos, no Jardim
São Bento, região de Santana
(zona norte), será reformado
no início de 2007. A intenção é
torná-lo um centro de referência em arqueologia e expor peças de valor histórico, encontradas em prospecções arqueológicas em São Paulo. A abertura deve ocorrer no fim do primeiro semestre de 2007.
A prefeitura destinará R$ 134
mil para as obras de recuperação da Casa do Grito, no parque
da Independência, que devem
ter início ainda neste ano. Os
trabalhos são baseados numa
análise do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado.
A casa do sítio da Ressaca, de
1719, é tombada pelo Iphan (órgão nacional de preservação do
patrimônio histórico). Durante
a recuperação, foram restauradas as esquadrias de madeira e
colocadas rampas para acesso
de deficientes físicos. Mas
quem vê a casa agora ainda não
compreende sua relevância.
"Venho direto na biblioteca do
sítio da Ressaca para fazer trabalho de escola, mas não sei nada sobre a casa", diz o estudante Marcos Mariano da Silva, 17.
Segundo Walter Pires, diretor do Departamento do Patrimônio Histórico da prefeitura,
serão reimpressos folhetos sobre os espaços museológicos de
São Paulo e, nas casas, haverá
dados sobre os visitantes.
Sítio Morrinhos
No sítio Morrinhos, a reforma que começa em 2007 inclui
pintura interna e externa, recomposição de trechos faltantes do telhado e impermeabilização, além da compra de mobiliário para o sítio. Os trabalhos devem durar três meses. O
sítio foi restaurado em 2000,
mas, seis anos depois, ainda sofre com infiltrações e rachaduras nas paredes. Está aberto ao
público, embora não tenha
quase nenhuma atração.
O custo da obra será de R$
120 mil, pagos por uma empresa como compensação por ter
danificado um sítio arqueológico no Morumbi. Outros R$ 80
mil serão pagos pela Secretaria
Municipal da Cultura.
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