São Paulo, sábado, 11 de novembro de 2006

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Prefeitura de São Paulo restaura casas históricas

Obras de recuperação incluem a reforma da Casa do Grito

AFRA BALAZINA
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Pouco aproveitadas hoje e desconhecidas de boa parte da população, três casas históricas -no sítio da Ressaca, no sítio Morrinhos e no parque da Independência- começam a ser recuperadas pela Prefeitura de São Paulo.
Fechada por dois anos à visitação pública, a casa bandeirista do sítio da Ressaca, por exemplo, no Jabaquara (zona sul), passou por uma restauração, que custou R$ 45 mil, e será reaberta amanhã. Ela inicia suas atividades com uma exposição de obras de barro e cerâmica, que vai até janeiro.
O sítio Morrinhos, no Jardim São Bento, região de Santana (zona norte), será reformado no início de 2007. A intenção é torná-lo um centro de referência em arqueologia e expor peças de valor histórico, encontradas em prospecções arqueológicas em São Paulo. A abertura deve ocorrer no fim do primeiro semestre de 2007.
A prefeitura destinará R$ 134 mil para as obras de recuperação da Casa do Grito, no parque da Independência, que devem ter início ainda neste ano. Os trabalhos são baseados numa análise do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado.
A casa do sítio da Ressaca, de 1719, é tombada pelo Iphan (órgão nacional de preservação do patrimônio histórico). Durante a recuperação, foram restauradas as esquadrias de madeira e colocadas rampas para acesso de deficientes físicos. Mas quem vê a casa agora ainda não compreende sua relevância. "Venho direto na biblioteca do sítio da Ressaca para fazer trabalho de escola, mas não sei nada sobre a casa", diz o estudante Marcos Mariano da Silva, 17.
Segundo Walter Pires, diretor do Departamento do Patrimônio Histórico da prefeitura, serão reimpressos folhetos sobre os espaços museológicos de São Paulo e, nas casas, haverá dados sobre os visitantes.

Sítio Morrinhos
No sítio Morrinhos, a reforma que começa em 2007 inclui pintura interna e externa, recomposição de trechos faltantes do telhado e impermeabilização, além da compra de mobiliário para o sítio. Os trabalhos devem durar três meses. O sítio foi restaurado em 2000, mas, seis anos depois, ainda sofre com infiltrações e rachaduras nas paredes. Está aberto ao público, embora não tenha quase nenhuma atração.
O custo da obra será de R$ 120 mil, pagos por uma empresa como compensação por ter danificado um sítio arqueológico no Morumbi. Outros R$ 80 mil serão pagos pela Secretaria Municipal da Cultura.


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