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Restaurantes dizem tentar minimizar incômodo
Sócio do Spot e do Ritz diz que está sendo instalado tratamento de ar
Outback diz que privilegia os não-fumantes, já que só no bar é permitido fumar; Chicohamburger isola fumantes com uma parede
DA REPORTAGEM LOCAL
Sérgio Kalil, sócio-proprietário dos restaurantes Spot e
Ritz, afirma que está sendo instalado nos dois locais um sistema de tratamento de ar "para
melhorar o ambiente tanto para não-fumantes quanto para
fumantes". "Vamos fazer um
teste com o sistema de tratamento de ar e analisar o resultado alcançado", disse.
Douglas Coury, diretor do Almanara, afirma que o "ideal"
para os estabelecimentos seria
que "ninguém fumasse". Segundo ele, para minimizar o incômodo no restaurante da rua
Oscar Freire, por exemplo, há
um equipamento de exaustão.
As duas áreas -a de quem fuma
e a de quem não tem o vício-
são divididas com plantas, numa espécie de cerca viva. "Tentamos fazer o possível para que
a refeição seja agradável, e não
um dissabor", afirma.
No Mestiço, a sócia Ina de
Abreu diz que há uma mesa em
especial da área de não-fumantes que fica perto da área de
quem fuma. Neste caso, ela evita colocar no lugar pessoas sensíveis à fumaça ou que se incomodam com cigarro. Ela afirma
ainda que há ventiladores no
terraço e ar-condicionado na
área interna para aumentar a
circulação e renovação do ar.
Marco Suplicy, proprietário
da Suplicy Cafés Especiais, afirma que procura evitar o incômodo ao não-fumante colocando a área de fumantes ao lado
da porta dupla de entrada, "que
sempre permanece aberta".
Por meio de nota, o Outback
informou que destina lugares
para fumantes e não fumantes
conforme prática no mercado
paulistano. "Em nossos restaurantes privilegiamos os não-fumantes, já que somente na área
do bar, cerca de 20% dos lugares totais do restaurante, é permitido fumar", diz o texto.
Há situações em que os clientes que não fumam ficam mais
protegidos do cigarro. No Chicohamburger, na av. Ibirapuera, por exemplo, a área para os
fumantes é isolada -existe
uma parede, com parte de vidro, que separa os ambientes. O
pico da poluição foi de 200 microgramas por m3 de material
particulado fino na pequena
sala dos fumantes -o maior índice do levantamento.
No salão dos não-fumantes,
muito mais amplo, a concentração máxima foi de 34. O gerente do Chicohamburger, Jacir Kovalski, diz que após a separação das áreas, as reclamações sobre cigarro praticamente sanaram. "Tentamos respeitar a todos e conciliar. Não posso discriminar quem fuma."
No The Fifties da praça Vilaboim, em Higienópolis, a área
de fumantes fica no andar superior -isso evita que a fumaça, ao subir, atinja os não-fumantes. A concentração máxima foi de 100 microgramas por
metro cúbico no segundo piso.
Na parte de baixo, dos não-fumantes, foi de 35.
A reportagem não obteve as
manifestações do El Kabong e
do América solicitadas.
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