São Paulo, domingo, 11 de novembro de 2007

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Restaurantes dizem tentar minimizar incômodo

Sócio do Spot e do Ritz diz que está sendo instalado tratamento de ar

Outback diz que privilegia os não-fumantes, já que só no bar é permitido fumar; Chicohamburger isola fumantes com uma parede

DA REPORTAGEM LOCAL

Sérgio Kalil, sócio-proprietário dos restaurantes Spot e Ritz, afirma que está sendo instalado nos dois locais um sistema de tratamento de ar "para melhorar o ambiente tanto para não-fumantes quanto para fumantes". "Vamos fazer um teste com o sistema de tratamento de ar e analisar o resultado alcançado", disse.
Douglas Coury, diretor do Almanara, afirma que o "ideal" para os estabelecimentos seria que "ninguém fumasse". Segundo ele, para minimizar o incômodo no restaurante da rua Oscar Freire, por exemplo, há um equipamento de exaustão. As duas áreas -a de quem fuma e a de quem não tem o vício- são divididas com plantas, numa espécie de cerca viva. "Tentamos fazer o possível para que a refeição seja agradável, e não um dissabor", afirma.
No Mestiço, a sócia Ina de Abreu diz que há uma mesa em especial da área de não-fumantes que fica perto da área de quem fuma. Neste caso, ela evita colocar no lugar pessoas sensíveis à fumaça ou que se incomodam com cigarro. Ela afirma ainda que há ventiladores no terraço e ar-condicionado na área interna para aumentar a circulação e renovação do ar.
Marco Suplicy, proprietário da Suplicy Cafés Especiais, afirma que procura evitar o incômodo ao não-fumante colocando a área de fumantes ao lado da porta dupla de entrada, "que sempre permanece aberta".
Por meio de nota, o Outback informou que destina lugares para fumantes e não fumantes conforme prática no mercado paulistano. "Em nossos restaurantes privilegiamos os não-fumantes, já que somente na área do bar, cerca de 20% dos lugares totais do restaurante, é permitido fumar", diz o texto.
Há situações em que os clientes que não fumam ficam mais protegidos do cigarro. No Chicohamburger, na av. Ibirapuera, por exemplo, a área para os fumantes é isolada -existe uma parede, com parte de vidro, que separa os ambientes. O pico da poluição foi de 200 microgramas por m3 de material particulado fino na pequena sala dos fumantes -o maior índice do levantamento.
No salão dos não-fumantes, muito mais amplo, a concentração máxima foi de 34. O gerente do Chicohamburger, Jacir Kovalski, diz que após a separação das áreas, as reclamações sobre cigarro praticamente sanaram. "Tentamos respeitar a todos e conciliar. Não posso discriminar quem fuma."
No The Fifties da praça Vilaboim, em Higienópolis, a área de fumantes fica no andar superior -isso evita que a fumaça, ao subir, atinja os não-fumantes. A concentração máxima foi de 100 microgramas por metro cúbico no segundo piso. Na parte de baixo, dos não-fumantes, foi de 35.
A reportagem não obteve as manifestações do El Kabong e do América solicitadas.


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