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Obras "estratégicas" não estarão prontas até a Copa do Mundo
Infraero sustenta que demanda será atendida mesmo com algumas reformas em andamento
CLARISSA FALBO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Das obras em 13 aeroportos considerados estratégicos pelo governo para a Copa
do Mundo de 2014, seis não
estarão totalmente concluídas até lá, afirma a Infraero.
O diretor de operações da
estatal, João Jordão, diz que
nem mesmo a ampliação do
terminal de passageiros do
aeroporto internacional de
Guarulhos estará pronta.
O local, cuja capacidade
atual chega a 25 milhões de
passageiros ao ano segundo
a nova metodologia da Infraero, ganhará espaço para
mais 9 milhões de pessoas,
mesmo com as obras inacabadas. "Isso será suficiente
para aplacar a demanda durante a Copa, calculada em
2,5 milhões de passageiros."
A estatal admite que as reformas nos aeroportos de
Brasília, Fortaleza, Manaus,
Porto Alegre e Campinas
também não estarão prontas.
Segundo Jordão, a Infraero e a Casa Civil se reúnem a
cada 15 dias para planejar o
andamento das obras conforme a demanda necessária em
cada aeroporto. Ele disse ainda que, depois da Copa, todas elas serão finalizadas.
Até agora, apenas cinco da
lista de 24 intervenções de reforma, ampliação e construção de equipamentos aeroportuários, como terminal de
passageiros, sistema de pistas e pátios e torre de controle, estão sendo executadas.
Das intervenções a serem
realizadas em Cuiabá, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e
Campinas, seis ainda esperam licitação para elaboração de projetos, primeiro estágio do processo burocrático antecedente à construção.
Segundo o professor de
engenharia do ITA Claudio
Alves, as licitações levam em
média dois anos, isso se não
houver contestação judicial.
O presidente da regional
São Paulo do Sindicato de Arquitetura e Engenharia, José
Bernasconi, diz que boa parte das obras são só paliativas.
Segundo ele, o Brasil está
perdendo a chance de aproveitar a Copa do Mundo de
2014 para melhorar a infraestrutura não só dos aeroportos
mas também das cidades sedes do Mundial.
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