|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Foco
Clientes fazem fila para aproveitar descontos de até 80% na Daslu
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo trabalhando com
duas vezes mais gente, os manobristas da Daslu tiveram
que correr muito para dar conta do congestionamento de
carros que se formou à porta
da butique, na segunda-feira,
primeiro dia da liquidação de
verão. Vai até o dia 31.
"O problema é que o público
que freqüenta a Daslu não gosta de esperar por nada. E a fila
ia até a rua [cerca de 200 m da
porta da loja]. Tinha gente
querendo pagar para passar na
frente, muito nervosismo",
conta um manobrista que pediu para não se identificar.
Além da marca nacional
Daslu, cujas coleções feminina
e masculina estão sendo vendidas com descontos de 50%,
as grifes estrangeiras administradas pela butique também
colocaram suas peças no saldão. Há descontos de até 80%.
Roupas e sapatos das grifes
Chloé, Valentino, Tod's, Dolce
& Gabbana e Sergio Rossi estão concentradas em duas salas só de importados.
O movimento passou de cerca de 1.800 pessoas/dia para
3.140 na segunda-feira: 16.700
peças foram vendidas.
Na Dior, uma blusinha de
R$ 1.800 tem desconto de
80%. Uma calça de R$ 2.500,
idem. "Vale a pena", conclui a
vendedora.
Uma mulher com duas bolsas penduradas em um só braço futuca uma prateleira da
Daslu Homem, tentando pegar uma camisa para mostrar a
uma amiga. Muito ansiosa, ela
diz que "o xadrez vai estourar". "Se lembra daquela revista que eu te mostrei? Então...Olha esse tecido, pega!
Toca nisso!", mostra.
"Então tá, põe aqui no carrinho. Mas só mais essa", diz a
outra, sem muita convicção.
O engarrafamento dentro
da loja também é grande. Só
que os carrinhos ali são como
os de supermercados, mas
com estrutura de madeira. A
moça das duas bolsas está com
o dela abarrotado.
Na Daslu Mulher, onde estátuas de cães de guarda à porta sinalizam que homens não
podem entrar, algumas compradoras sem roupa experimentam as peças com pressa:
elas têm medo de que o número que vestem acabe.
Na seção de sapatos femininos, uma mulher diz: "O problema é que, já no segundo
dia, só sobram os números
muito pequenos ou muito
grandes." Loura, alta e magra,
ela torce o pé para enfiá-lo
dentro de uma sandália. Diz
que o preço cheio é R$ 1.500,
mas agora está com 50%.
Ontem, o movimento "deu
uma acalmada". Já era possível tomar café no Gazebo do
Leão, ou um kir royal no
Champanhe Bar, sem levar
cotoveladas ou tropeçar nas
sacolonas brancas da loja.
Hoje, primeiro sábado da liquidação, espera-se um movimento grande, especialmente
de compradoras do interior. O
estacionamento terá reforço
de 25 manobristas.
Texto Anterior: Outro lado: Prefeito diz que contrato será cancelado Próximo Texto: Criança morre durante ação da PM no Rio Índice
|