São Paulo, sábado, 12 de janeiro de 2008

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Foco

Clientes fazem fila para aproveitar descontos de até 80% na Daslu

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo trabalhando com duas vezes mais gente, os manobristas da Daslu tiveram que correr muito para dar conta do congestionamento de carros que se formou à porta da butique, na segunda-feira, primeiro dia da liquidação de verão. Vai até o dia 31.
"O problema é que o público que freqüenta a Daslu não gosta de esperar por nada. E a fila ia até a rua [cerca de 200 m da porta da loja]. Tinha gente querendo pagar para passar na frente, muito nervosismo", conta um manobrista que pediu para não se identificar.
Além da marca nacional Daslu, cujas coleções feminina e masculina estão sendo vendidas com descontos de 50%, as grifes estrangeiras administradas pela butique também colocaram suas peças no saldão. Há descontos de até 80%.
Roupas e sapatos das grifes Chloé, Valentino, Tod's, Dolce & Gabbana e Sergio Rossi estão concentradas em duas salas só de importados.
O movimento passou de cerca de 1.800 pessoas/dia para 3.140 na segunda-feira: 16.700 peças foram vendidas.
Na Dior, uma blusinha de R$ 1.800 tem desconto de 80%. Uma calça de R$ 2.500, idem. "Vale a pena", conclui a vendedora.
Uma mulher com duas bolsas penduradas em um só braço futuca uma prateleira da Daslu Homem, tentando pegar uma camisa para mostrar a uma amiga. Muito ansiosa, ela diz que "o xadrez vai estourar". "Se lembra daquela revista que eu te mostrei? Então...Olha esse tecido, pega! Toca nisso!", mostra.
"Então tá, põe aqui no carrinho. Mas só mais essa", diz a outra, sem muita convicção.
O engarrafamento dentro da loja também é grande. Só que os carrinhos ali são como os de supermercados, mas com estrutura de madeira. A moça das duas bolsas está com o dela abarrotado.
Na Daslu Mulher, onde estátuas de cães de guarda à porta sinalizam que homens não podem entrar, algumas compradoras sem roupa experimentam as peças com pressa: elas têm medo de que o número que vestem acabe.
Na seção de sapatos femininos, uma mulher diz: "O problema é que, já no segundo dia, só sobram os números muito pequenos ou muito grandes." Loura, alta e magra, ela torce o pé para enfiá-lo dentro de uma sandália. Diz que o preço cheio é R$ 1.500, mas agora está com 50%.
Ontem, o movimento "deu uma acalmada". Já era possível tomar café no Gazebo do Leão, ou um kir royal no Champanhe Bar, sem levar cotoveladas ou tropeçar nas sacolonas brancas da loja.
Hoje, primeiro sábado da liquidação, espera-se um movimento grande, especialmente de compradoras do interior. O estacionamento terá reforço de 25 manobristas.


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