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BAURU
Seis PMs são indiciados por morte e tortura de garoto
BRUNO MESTRINELLI
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU
A Polícia Civil de Bauru
(343 km de SP) indiciou sob
acusação de homicídio doloso, tortura e abuso de autoridade seis policiais militares
pela morte do adolescente
Carlos Rodrigues Júnior, 15,
no final do ano passado.
O garoto morreu após levar choques. Foi pedida a
prisão preventiva dos seis
PMs -a Justiça tem oito dias
para definir se acata ou não.
Segundo inquérito, os suspeitos desferiram os choques
com o plugue de um fio desencapado. Os 15 choques
deixaram 30 marcas, devido
aos pólos negativo e positivo.
Para o delegado seccional
de Bauru, Doniseti José Pinezzi, "testes no IML apontaram que, para produzir lesões, o plugue tem de ficar de
30 a 40 segundos na pele".
Para o delegado-assistente
da seccional de Bauru, Marcelo Haddad, a tortura era
para a confissão do garoto,
acusado de roubo.
Em depoimento, os PMs
mudaram a versão de que nenhum deles havia presenciado a tortura. O cabo Gerson
Gonzaga da Silva e os soldados Maurício Augusto Delasta e Juliano Arcangelo Bonini dizem que o tenente Roger
Marcel Soares e o soldado
Emerson Ferreira foram os
responsáveis pelos choques
-os dois acusam o cabo e os
dois soldados. O soldado Ricardo Ottaviani ficou do lado
de fora do quarto onde o garoto foi torturado.
O advogado de defesa de
Delasta, Ottaviani, Bonini e
Gonzaga confirma a versão.
O advogado de Soares e Ferreira não foi encontrado para
falar sobre o assunto.
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