SEM OBRAS SUFICIENTES, SÃO PAULO VOLTOU A SER CASTIGADA POR TEMPORAL   ESTADO TEVE 14 MORTOS   ALAGAMENTOS ATINGIRAM TODA A CAPITAL, COM CHUVA QUE DUROU QUATRO HORAS

Nelson Antoine/Folhapress

FALTOU ALERTA
CET não fechou a tempo pistas alagadas da Marginal do Tietê, e carros tiveram de enfrentar as águas

Sem o investimento previsto em obras antienchente, com sistemas de alerta falhos e os mesmos problemas de bueiros sujos, acúmulo de lixo e moradias em áreas de risco, São Paulo voltou a ser castigada pela chuva. A tempestade, no final da noite de anteontem, causou estragos em toda a cidade. Pessoas ficaram ilhadas nas ruas, nos carros, e muitos não conseguiram voltar para casa.
Foram, no total, 127 pontos de alagamento -recorde desde 2005. Pela manhã, os transtornos continuaram: as marginais Tietê e Pinheiros alagaram, impedindo milhares de pessoas de chegar ao trabalho. O rodízio de veículos foi suspenso, e Metrô e trens foram afetados. Na rodoviária Tietê, a maior do país, algumas empresas chegaram a suspender a venda de passagens.
Ao todo, 14 pessoas morreram no Estado -entre elas três crianças. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) culparam a chuva e prometeram mais obras. Mas a prefeitura, apesar do recorde de arrecadação em 2010, não gastou o previsto em obras anticheia. Nos próximos dias, deve chover mais.


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