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Setor farmacêutico reclama das taxas da nova Vigilância
da Sucursal de Brasília
A ABCFarma (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico)
calcula que cerca de 40% das 52
mil farmácias do país não tenham
condições de pagar a taxa de fiscalização que será cobrada pela
Agência de Vigilância Sanitária, se
o Congresso aprovar a medida
provisória que criou o órgão.
A nova taxa, que só começará a
ser cobrada com a aprovação da
MP e regulamentação da lei, é de
R$ 15 mil por ano. Pelas regras
propostas pelo governo, as empresas terão descontos de 30% a
90% sobre esse valor, dependendo
do tamanho do seu faturamento.
"Mesmo com os descontos, esses valores são totalmente fora da
realidade de muitas das empresas", disse o presidente da ABC
Farma, Pedro Zidoi.
Hoje, as farmácias não têm de
pagar taxas ao Ministério da Saúde, mas algumas secretarias de Vigilância Sanitária estaduais cobram pelo serviço de fiscalização.
A diretora técnica da Associação
dos Laboratórios Farmacêuticos
Nacionais (Alanac), Sara Kanter,
também afirmou ontem que as
médias empresas -"que representam a maioria no setor"- não
terão condições de se manter com
a nova política de taxas da agência.
"Isso é irreal. Achamos razoável
pagar taxas. Mas há um exagero
nos novos valores", afirma.
As taxas mais altas serão cobradas para o registro de tabaco e similares (R$ 100 mil), que antes
não precisavam ser registrados na
Vigilância, e de medicamentos
novos (R$ 80 mil). Hoje, o preço
cobrado pelo registro de novos remédios é R$ 1.563. O registro de
cosméticos, que custa R$ 361, passará a R$ 3.700.
A Câmara dos Deputados deve
votar amanhã a medida provisória
que criou a agência. Essa MP, em
vigor desde 31 de dezembro, reformula o atual sistema e permite a
cobrança de taxas mais altas pelos
serviços e produtos da área.
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