DA REPORTAGEM LOCAL

Com quase um ano de atraso e às vésperas de iniciar a cobrança da taxa do lixo, a prefeita Marta Suplicy (PT) entregou ontem a primeira central de triagem, beneficiamento e venda de materiais recicláveis do programa Coleta Seletiva Solidária, no Tatuapé (zona leste da capital paulista).
A central deverá, na sua capacidade total, enviar para reciclagem 400 toneladas mensais de material que antes ia para os já superlotados aterros sanitários.
A previsão inicial era que o local estivesse funcionando desde maio de 2002, mas, segundo a Secretaria de Serviços e Obras (SSO), responsável pela limpeza pública, atrasos no processo de organização do projeto e nas licitações para compra de máquinas e carretas forçaram o adiamento.
A cooperativa está devidamente registrada, e o galpão de 800 m2 está de pé, reformado.
Entretanto, dos 41 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) que a SSO prevê instalar em prédios públicos, distritos policiais e unidades de saúde, e dos 20 que deverão ir para os parques municipais, só seis já estão colocados.
A esteira (onde os catadores vão separar metais de vidros, papéis e plásticos) e as prensas (que vão amassar os produtos, de forma que eles ocupem menos volume e possam ser facilmente transportados) ainda não chegaram.
A cooperativa também ainda não sabe para quem vai vender o que recolher. Maria Inês Bertão, da coordenação da Coleta Seletiva Solidária na SSO, diz que, até o fim da semana, PEVs e equipamentos terão sido instalados e que já foram feitos contatos com empresas recicladoras que deverão comprar o material.
A central do Tatuapé será operada pelos catadores da Cooperativa Tietê, que reúne cinco grupos da zona leste. (MARIANA VIVEIROS)


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