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INFÂNCIA
Crianças vítimas de exploração podem ser incluídas no programa Bolsa-Escola
Ação social combaterá prostituição
IURI DANTAS
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal estipulou ontem duas frentes para o combate à
exploração sexual de crianças e
adolescentes durante o Carnaval:
repressão policial e um "colchão
social" de proteção a vítimas.
A ação no Carnaval servirá como laboratório do "Prostituição
Infantil Zero". A criação de um
"colchão social" para as crianças
que forem encontradas em situação de exploração sexual segue a
mesma linha adotada na gestão
de Fernando Henrique Cardoso
com o programa Sentinela -que
funciona de forma pulverizada no
Nordeste e no Sudeste.
As vítimas poderão ser incluídas no programa Bolsa-Escola e
terão vagas garantidas no ensino
fundamental em instituições da
rede pública. A ministra da Assistência Social, Benedita da Silva,
quer aliar o combate à prostituição infantil à reestruturação dos
programas sociais.
Núcleos de Assistência às Famílias vão cadastrar e mapear quais
programas sociais podem ser repassados a famílias carentes e expostas ao risco de exploração sexual das menores.
Ontem, na primeira reunião do
grupo de trabalho, 13 ministérios
e entidades internacionais, como
Unesco e OIT (Organização Internacional do Trabalho), discutiram o assunto e decidiram criar
uma campanha publicitária específica sobre o Carnaval.
O tenista Gustavo Kuerten, o
Guga, e o jogador Ronaldinho
Gaúcho serão convidados para
estrelar a propaganda na TV.
Após o Carnaval, o governo volta a analisar o tema, centrando esforços na classificação indicativa
de filmes e programas de TV, que
seriam responsáveis por "erotizar" a cultura da sociedade.
A área da segurança ficará com
a Polícia Federal. O governo quer
reforçar a fiscalização na origem
dos turistas sexuais, cercando o
suspeito em seu país-natal, via Interpol, antes do embarque.
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