São Paulo, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

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No interior de SP, grávida sofre queimaduras durante trote

JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA

Uma estudante de 18 anos, grávida de três meses, foi internada em Santa Fé do Sul (625 km de SP) após sofrer queimaduras em um trote. Segundo ela, uma aluna jogou uma mistura líquida com tíner e creolina em seu corpo. O caso foi parar na polícia.
Em entrevista à Folha, Priscilla Muniz conta que, na noite de segunda, foi assistir à primeira aula do curso de análise e desenvolvimento de sistemas na Funec (Fundação Municipal de Educação e Cultura). Ao deixar a unidade com uma amiga, depois de passar pela portaria da instituição, Priscilla afirma que foi surpreendida por uma aluna de pedagogia.
"Ela chegou dizendo que, se não me pegasse ali, me pegaria outro dia. Eu tentei sair, disse que estava grávida. Ela jogou o líquido em mim. Minha amiga tentou me proteger."
Atingida, a estudante começou a passar mal. "Minha vista escureceu, meu corpo começou a queimar, parecia que estava fritando a minha pele."
Em busca de socorro, Priscilla telefonou para o pai, o empresário Pedro Muniz, 64. "Foi estarrecedor, cheguei e a encontrei quase desmaiando. Achei muito assustador tudo aquilo", disse o pai.
A estudante diz que ficou internada até o final da tarde de anteontem. "Foram queimaduras de segundo grau, nas costas, pernas e braços."
Depois de saber que o bebê está bem de saúde, Priscilla diz que ainda não tem certeza se irá continuar a estudar na instituição. "Quero ir para a faculdade, mas estudar sossegada. A faculdade me ligou e disse que vai tomar providência. Ou eles retiram ela [a estudante de pedagogia] da faculdade, ou vou processar a instituição."
Em nota oficial, a Funec declarou "que não pode ser responsabilizada por ações de estudantes fora do espaço geográfico de seus campi". Segundo a instituição, o trote na universidade estava proibido. "A Funec aguardará o esclarecimento dos fatos e tomará as medidas cabíveis", diz a nota.
No boletim de ocorrência, a agressora não tinha sido identificada, mas é descrita como branca, cabelos castanhos, estatura média e de 20 a 22 anos. A reportagem não contatou o delegado que investiga o caso.


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