São Paulo, sábado, 12 de março de 2011 |
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FERNANDO MAGALHÃES CHACEL (1931-2011) De estagiário a sucessor do paisagista Burle Marx ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO Apesar de não gostar que falassem isso, por pura modéstia, Fernando Magalhães Chacel era considerado o sucessor do paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994). Filho de pai espanhol e de mãe carioca, Chacel se formou arquiteto em 1953, pela então Universidade do Brasil. Ainda estudante, tornou-se estagiário no ateliê de Burle Marx e ali, admirando as cores e as formas dos trabalhos, começou a carreira. Nos anos 60, foi diretor de parques e jardins da Guanabara. Depois, fez trabalhos, entre outros, para Furnas e Itaipu, onde realizou seu maior projeto paisagístico. Para o Ministério da Educação, montou um curso de planejamento paisagístico com o geógrafo Aziz Ab'Saber. Ao lado de Rosa Kliass, foi um dos fundadores da Abap (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas). Sidney Linhares, seu sócio, destaca o trabalho do amigo nos parques da gleba E, na Barra da Tijuca, como um dos mais significativos. Chacel deu aulas no Brasil e no Canadá. Gostava de terminar seus projetos de madrugada e de trabalhar com equipes multidisciplinares. Da juventude, boêmia, manteve o hábito de tocar acordeão. No último congresso internacional que participou, no Rio, em 2009, apresentou-se com amigos. Dias depois, sofreu um acidente vascular cerebral e esteve debilitado desde então. Morreu no domingo, aos 79. Teve três filhos -uma morreu em 2010- e duas netas. Haverá missa de sétimo dia hoje, em SP, às 15h, na igreja da Cruz Torta, e no Rio, às 16h, na paróquia Nossa Sra. da Conceição da Gávea. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Por aí Índice | Comunicar Erros |
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