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Trânsito e fones de emergência são os primeiros a congestionar em SP
da Redação
Trânsito e telefones de emergência da cidade de São Paulo -bombeiros, polícia, CET e, principalmente, o da Eletropaulo- foram
os primeiros a sofrer com a falta de
luz. Ficaram imediatamente congestionados.
Nas ruas, o problema principal
era que 70% dos semáforos estavam apagados. Os principais cruzamentos da cidade estavam parados. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) fazia esquemas
alternativos, como a interrupção
da passagem da av. Rebouças no
cruzamento com a Faria Lima (zona sudoeste de SP). Os motoristas
eram obrigados a entrar na Faria
Lima e contornar a avenida para
retomar o tráfego na Rebouças.
Nos telefones de emergência, a
sobrecarga foi em vão. Nenhum
dos órgãos públicos sabia explicar
o que acontecia ou se havia previsão de retorno da energia elétrica.
Os bombeiros, por exemplo, não
tinham mais linhas disponíveis e
todas as ligações eram atendidas
com a mesma informação: eles não
sabiam o que estava acontecendo.
A situação chegou a um ponto
em que representantes da Eletropaulo pediam em emissoras de rádio que as pessoas parassem de ligar para a central pois de nada
adiantava e ainda por cima a central entraria em pane.
Água e polícia
Quase uma hora depois de começar a interrupção na luz, a Sabesp (Companhia de Saneamento
Básico de São Paulo) veio a público
para pedir que as pessoas economizassem água, pois as bombas estavam paralisadas.
O problema era agravado, segundo a Sabesp, porque, depois que
voltasse a energia, as bombas demorariam pelo menos 4 h até voltarem ao funcionamento normal.
Os policiais que sairiam de plantão às 22h30 foram retidos e ficaram em serviço até as 2h30 de hoje.
A orientação era para que os carros saíssem todos com as sirenes ligadas para coibir assaltos. O efetivo foi reforçado nas principais vias
e nas estações de metrô e de trem.
Hospitais
Por terem geradores de energia
próprios, a maioria dos hospitais
da cidade operou normalmente
sem consequências para os pacientes. Particulares ou públicos, eles
conseguiram manter o funcionamento de emergência.
No Hospital das Clínicas, o
maior da cidade, a luz chegou a
piscar duas vezes, o que deixou o
pronto-socorro às escuras por cerca de cinco minutos no total -nos
momentos em que a energia voltou. O problema não chegou a afetar os pacientes.
O sistema bancário de transferências e aplicações também foi
prejudicado com o blecaute.
Transportes
Com a queda da energia, quatro
trens do metrô ficaram parados
dentro dos túneis, segundo o diretor de operações do Metrô, Décio
Tambelli. Os passageiros foram retirados dos trens por funcionários
da companhia.
As estações foram fechadas e, ao
retomar as operações, o metrô seguiu funcionando até a 1h de hoje.
Sem luz, os trólebus ficaram parados nas ruas. Muitos deles pararam justamente quando estavam
no cruzamento de ruas, piorando
ainda mais o trânsito já caótico.
A alternativa à falta de metrô era
apelar para os ônibus que, com isso, ficaram lotados. Além de demorar devido ao trânsito, eles passavam pelos pontos, àquela altura
abarrotados de gente, sem poder
parar pois não havia espaço para
nem sequer um passageiro.
No meio do caos, as lotações circulavam livremente, mas também
cheias.
Os trens também pararam de
funcionar e a PM teve de ir para
quatro estações controlar o tumulto -Brás (região central), Itaquera, Artur Alvim (zona leste) e Mogi
das Cruzes.
Com geradores de emergência,
os aeroportos de Congonhas e
Cumbica e a rodoviária do Tietê
foram as exceções e conseguiram
manter partidas e chegadas.
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