São Paulo, Sexta-feira, 12 de Março de 1999
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Iniciativa privada assumiu gestão do sistema elétrico em 1º de março

da Sucursal de Brasília

A gestão do sistema elétrico brasileiro é uma responsabilidade da iniciativa privada desde o último dia 1º de março, quando foi instalado o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
O ONS é uma espécie de cooperativa do setor que reúne geradores, transmissores e distribuidores de energia elétrica.
Ele substituiu o GCOI (Grupo Coordenador de Operações Interligadas), que tinha as mesmas funções de gestão e controle do sistema e era diretamente subordinado à Eletrobrás -holding estatal do setor elétrico.
Mesmo assim, a estatal ainda participa do ONS, que tem 90 dias para absorver integralmente todas as funções do extinto GCOI.
"Nossas equipes ainda trabalham em conjunto", disse o presidente da Eletrobrás, Firmino Sampaio Neto.
A presença estatal no ONS também se dá por meio do seu conselho de administração.
O conselho é formado por sete representantes das companhias distribuidoras, quatro representantes das transmissoras e sete das geradoras.
As atividades de transmissão e geração de energia elétrica ainda estão sob controle da União.
O diretor-geral do ONS é Mário Santos, ex-coordenador do GCOI.
O centro de controle do ONS fica em Brasília.
Por meio de sistemas computadorizados, os técnicos da entidade podem monitorar todo o sistema elétrico do país, identificando quedas de energia e problemas na distribuição.

Custo
Seu custo anual está estimado em R$ 100 milhões pelos empresários do setor elétrico.
Os gastos de instalação da entidade estão sendo custeados pela Eletrobrás, que espera um ressarcimento futuro dessas despesas.
A estimativa inicial é que o ONS tenha cerca de 500 funcionários sediados em Brasília.
A Folha procurou ontem o diretor-geral do ONS, Mário Santos, que também foi o coordenador do GCOI.
Ele estava em Sergipe, na noite de ontem, e não foi encontrado pela reportagem.
Segundo o presidente da Eletrobrás, o sistema não apresentava nenhum indício de blecaute quando sua gestão foi transferida para o ONS, há pouco mais de dez dias.


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