|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAÚDE
Para líder no Senado, sugestão faz lembrar os campos de concentração
Para tucano, proposta de restringir UTI é "nazismo"
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), classificou
ontem de "nazismo" a intenção
do ministério de restringir os leitos de UTI a pacientes com chances reais de recuperação.
"O governo petista "insensibilizou geral", para usar uma expressão que o povo entende. Isso e o
apreço de Lula pelos ditadores da
moda fazem lembrar os tempos
dos campos de concentração do
nazismo", disse na tribuna.
Para ele, o governo está colocando uma "porteira" nas UTIs.
"Essa atitude é perigosa, porque
há um componente direitista,
conservador, nazista nessa história de separar as pessoas por critérios injustos. Já que não consigo
dar conta da demanda da saúde
pública, vou separar as pessoas
por critérios, tipo esse aqui não
vai viver", disse ele.
Virgílio questionou a competência de Humberto Costa (Saúde), cotado para deixar o cargo na
reforma ministerial prevista para
março e que não aconteceu. "Que
critérios esse ministro, que estava
demissionário por insuficiência
técnica e por denúncia de corrupção envolvendo assessores, vai
utilizar? Será o critério do aparelhamento, da partidarização?"
O senador Tião Viana (PT-AC),
que é médico, disse que houve um
mal-entendido. Segundo ele, a
proposta é encaminhar pacientes
com gravidade intermediária para unidades intermediárias, em
vez de colocá-los na UTI.
Ele pediu esclarecimentos sobre
o caso ao secretário-executivo do
ministério, Antônio Alves. Para
Viana, se a proposta do ministério fosse restringir os leitos de UTI
só para pacientes graves, o governo estaria aplicando a eutanásia.
Texto Anterior: Ilhéus não tem unidade de terapia intensiva Próximo Texto: Na BA, médico quase apanha Índice
|