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EPIDEMIA
Exames feitos pela USP confirmaram novos registros da doença, que já chegam a 1.456
Ribeirão Preto tem mais 88 casos de dengue
MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO
O primeiro lote de exames de
dengue analisados emergencialmente pela USP (Universidade
de São Paulo) mostrou que Ribeirão Preto tem mais 88 pessoas atingidas pela doença.
Com isso, o total de casos de
dengue na cidade já chega a
1.456 neste ano, sendo nove da
forma hemorrágica, com uma
morte. A USP, por meio de seu
centro de virologia, passou a
analisar os casos porque há falta
dos kits em todo o Estado, causada por um atraso do Ministério da Saúde, que não repassou
os kits e reagentes necessários
no mês passado. A Vigilância
Epidemiológica já enviou 250
exames para análise na USP.
O exame na universidade detecta se a pessoa está contaminada com a dengue, qual a variação
(clássica ou hemorrágica) e qual
o tipo do vírus.
A epidemia de dengue em Ribeirão Preto e também em Barrinha (255 notificações) e os 115
casos nas outras 23 cidades pertencentes à DIR (Direção Regional de Saúde) de Ribeirão Preto
fizeram com que o órgão convocasse uma reunião com representantes da saúde anteontem
à noite.
De acordo com Paulo Saquy,
diretor regional da DIR, na reunião foi discutida a ausência dos
kits e uma forma de as cidades
melhorarem a situação. Além
das cidades que vivem uma epidemia, outros municípios, com
surto, como Serrana, preocupam. "Já acendemos a luz amarela em Serrana", disse o diretor.
Em março, a cidade teve 52 casos, o triplo do registrado em fevereiro. De acordo com Saquy, o
Estado comprou 52 kits emergencialmente, suficientes para
5.000 exames.
Os casos de dengue na região
de Ribeirão Preto crescerem
15,83% somente em uma semana, de acordo com levantamento
da Vigilância Epidemiológica do
Estado de São Paulo. O total de
casos confirmados até o dia 31 de
março era de 1.737 em 28 municípios, volume que subiu para
2.012 no último dia 7, em 32
cidades.
"A doença está gerando preocupação em toda a região, e é
preciso que cada vez mais as pessoas cuidem de suas casas, para
que não tenham criadouros do
mosquito", afirmou ontem o diretor de Vigilância em Saúde de
Ribeirão Preto, Clésio Soares.
Saquy, da DIR, afirmou que,
pelo fato de Ribeirão ser um pólo regional, a cidade recebe pessoas de todo o país, que podem
estar "transportando" a doença
-foram confirmados até agora
14 casos importados.
Após Ribeirão Preto, a cidade
que mais apresenta casos da
doença neste ano no Estado de
São Paulo é São José do Rio Preto, com 799, seguida por Catanduva, com 657. Em todo o Estado, já foram contabilizados
5.767 registros da doença.
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