São Paulo, terça-feira, 12 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Acúmulo de lixo faz unidade da USP suspender aulas Funcionários terceirizados de limpeza fazem greve por não receberem salários e esparramam lixo dos cestos Unidade afetada foi a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, com 10 mil alunos de graduação DE SÃO PAULO A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP suspendeu as aulas da tarde e da noite de ontem por conta do acúmulo de lixo na unidade, que é uma das maiores da universidade, com cerca de 10 mil estudantes de graduação. A limpeza não é feita na FFLCH desde sexta-feira, porque funcionários terceirizados do setor fazem greve por não receberem salários. Como forma de protesto, os faxineiros, a imensa maioria mulheres, também esparramaram o lixo acumulado nos cestos, de acordo com os próprios grevistas. Em nota, a faculdade justificou a suspensão das aulas "tendo em vista as precaríssimas condições de limpeza, que comprometem a garantia da qualidade de higiene". Até o fechamento desta edição, ainda não se sabia se as aulas retornariam hoje. A Coordenadoria de Administração Geral informou que criou equipes avulsas de limpeza. Elas tentaram atuar já ontem, mas foram impedidas pelos manifestantes, que alegaram que isso iria ferir o direito de greve. Os grevistas trabalham para a empresa União, que, segundo a reitoria da universidade, possui dívidas que impediam que ela recebesse o repasse de recursos para o pagamento dos salários. A USP informou que ontem à tarde conseguiu, judicialmente, repassar à empresa a verba referente aos salários, o que pode normalizar a situação. O pagamento aos funcionários, porém, deve demorar alguns dias. A União atende cerca de dez unidades da USP, mas não há registro de paralisação em outras faculdades além da FFLCH. Ontem de manhã, cerca de 300 faxineiras protestaram na universidade. Centros acadêmicos disseram apoiá-las. Alunos do curso de história receberam comunicado pedindo doação aos grevistas. A Folha não conseguiu contato com a União. (ADRIANO WILKSON e DIOGO BERCITO) Texto Anterior: Ao menos 10 pais pedem que filhos mudem de escola Próximo Texto: Urbanismo: TJ libera tramitação de revisão de Plano Diretor paulistano Índice | Comunicar Erros

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