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SOBRE RODAS
Autódromo poderá ser usado a partir do dia 23; federação espera ainda definição sobre uso do campus da USP
Interlagos é liberado para treino de ciclistas
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os ciclistas proibidos de treinar
no campus da USP (Universidade
de São Paulo) na capital paulista
há cerca de duas semanas poderão, a partir do dia 23, pedalar no
autódromo de Interlagos.
A princípio, os atletas poderão
treinar no local às segundas, terças e quartas, das 5h às 8h30. Segundo o secretário de Estado da
Juventude, Esporte e Lazer, Lars
Grael, na próxima terça-feira
acontece uma reunião para definir as regras para uso do autódromo. "Outros dias poderão ser usados conforme a grade de corridas,
em horários alternativos", disse.
O secretário acredita que as regras devem ser as mesmas definidas em projeto para tentar liberar
a entrada dos ciclistas na Cidade
Universitária. Os usuários teriam
que fazer um cadastro, usar capacete com número e portar uma
carteirinha de identificação. O
acesso será gratuito e, na próxima
terça, será pensado também onde
é possível fazer um bicicletário.
"O autódromo ajudará bastante. Será um local a mais para treinamento. Mas nós precisamos da
USP e vamos continuar insistindo
em voltar para a Cidade Universitária. Se necessário, iremos até o
governador", disse o presidente
da Federação Paulista de Ciclistas,
Marcos Mazzaron.
Sem a USP, atletas reclamam da
falta de opção e têm corrido mais
riscos ao treinar em rodovias movimentadas como a dos Bandeirantes e a Anchieta.
O projeto elaborado por Lars
Grael e federações de ciclistas e
triatletas para tentar reverter a
proibição foi encaminhado nesta
semana ao governador Geraldo
Alckmin (PSDB). Se aprovado,
será apreciado pelo prefeito do
campus da USP na capital, Wanderley Messias da Costa.
Lars Grael afirmou ainda que
será iniciado um estudo sobre a
construção de uma ciclovia ao
longo da adutora de Sapopemba,
na zona leste de São Paulo, e outra
que ligará a rodovia dos Bandeirantes à zona sul da cidade, passando pela marginal Pinheiros.
"Passarelas teriam de ser construídas para evitar que os ciclistas
atravessassem a pista e fossem
atropelados", disse. Segundo dados levantados no ano passado
pela prefeitura, há só 8 km de faixas exclusivas para ciclismo nas
vias da capital. A orla de Santos
possui 5 km de ciclovia.
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