DA REPORTAGEM LOCAL

A USP vai remover 454 árvores da Cidade Universitária, em São Paulo, para construir seu centro de convenções, projeto cuja licitação ainda não foi aberta, mas que pode começar ainda neste ano. A autorização para a retirada das árvores foi concedida no sábado pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.
O projeto também foi aprovado pelo DEPRN (Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais), órgão ligado ao governo do Estado.
O terreno escolhido para o projeto fica entre a avenida Intersetorial e a rua Professor Gabriel de Carvalho. Há hoje no local, de acordo com o projeto aprovado pela secretaria, 795 árvores.
Das que ficam no terreno, 213 serão mortas -outras 23 já morreram, e as 218 restantes serão removidas para outros locais dentro do campus da USP.
Entre as árvores que serão sacrificadas pelo projeto estão leucemas, mimosas, cambarás e tapiás.
De acordo com a secretaria, as árvores relacionadas no terreno estão em estágio inicial de desenvolvimento.
Para aprovar o projeto, a secretaria exigiu que a USP faça uma compensação ambiental, com o plantio de 1.297 árvores de espécies nativas e adultas no interior da Cidade Universitária.

Mudanças
Também foi exigido que houvesse uma mudança na rampa de acesso, para que fosse preservado um maior número de árvores.
Outra alteração no projeto, determinada pelo DEPRN, ocorreu para evitar interferências em um córrego que passa próximo ao local de onde será a obra.
Segundo o coordenador de Espaço Físico da USP, João Cyro André, a universidade já enfrenta dificuldades para plantar mais árvores na Cidade Universitária. ""Está ficando tudo muito adensado, as árvores estão muito próximas umas das outras", disse. ""Temos que dar o exemplo, fazer com muita correção", disse.


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