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Falta preparo vocal, afirma fonoaudióloga
DA REPORTAGEM LOCAL
No começo, Andrea Gomes Bedin, 35, sentia apenas uma rouquidão de vez em quando. Depois, isso se tornou freqüente e começou a incomodá-la a cada dois dias. No ano passado, como o incômodo não cessava, ela foi fazer exames. Descobriu, então, que já estava com três cistos nas cordas vocais.
"Fiquei assustada. Pensei em mudar de profissão", conta a professora de história do ensino fundamental de uma escola privada na zona norte de São Paulo.
Constatado o problema, Andrea procurou ajuda fonoaudióloga. Em uma parte do tratamento, a educadora teve de ficar três dias em total silêncio. Em outra, fez muitos exercícios de aquecimento e de relaxamento das cordas vocais. Além disso, precisou mudar hábitos. "Tomava gelado e falava depressa e alto, porque me empolgava na explicação."
Outra professora que teve problema vocal foi Marly Falconi Silva, 51, que leciona química em dois colégios particulares da capital paulista. No ano passado, ela chegou a ficar totalmente sem voz. "Dou aulas há 24 anos e, até então, nunca tinha recebido instrução de como usar a voz."
A fonoaudióloga Mara Behlau concorda com a reclamação. "A voz é o principal instrumento do professor. Ele recebe preparo pedagógico em sua formação, mas não aprende nada sobre o preparo vocal."
Behlau afirma também que o ideal é que os docentes já na ativa procurem auxílio fonoaudiológico como prevenção, antes de os problemas aparecerem.
(FT)
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