São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2011

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CARLOS ORLANDO RODRIGUES DE LIMA
(1920-2011)


Estudou a história e a cultura do Maranhão

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Todas as manhãs, após caminhar por cerca de uma hora, Carlos Orlando Rodrigues de Lima, ocupante desde 2008 da cadeira de número sete da Academia Maranhense de Letras, punha-se em seu escritório a escrever.
Natural de São Luís (MA), foi autor de 18 livros sobre a história e a cultura popular de seu Estado. Os estudos e pesquisas que fez ao longo da vida ele conciliou com o trabalho no Banco do Brasil. Há cerca de 30 anos, quando se aposentou, foi finalmente dedicar-se apenas a escrever.
Não era historiador por formação, mas autodidata. Apaixonado pelo Maranhão, investigou, por exemplo, o folclore local na coletânea de toadas "Bumba-meu-boi do Maranhão" (1969) e em "Lendas do Maranhão" (2006).
Também escreveu sobre a festa do Divino Espírito Santo, cordel e ruas de São Luís.
Filho do dono de uma usina de arroz (e depois comerciante) e de uma dona de casa, Carlos foi um aluno muito curioso e que se destacava pelas redações que escrevia, como lembra a família.
Na década de 40, casou-se com Zelinda Lima, hoje funcionária pública estadual aposentada e, assim como o marido, pesquisadora da cultura maranhense e escritora.
Carlos chegou também a ser ator de teatro e até fez participações em alguns filmes.
Ele deixou cinco livros prontos, sendo que um deles, que chamou de "Arquivo Morto", contém suas memórias. Pediu, porém, que a família não o publicasse.
Carlos teve leucemia. Na segunda-feira, morreu aos 91 anos, de falência de órgãos, como informou a família. Teve cinco filhos e dez netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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