São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2011

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Pedido arquivamento de inquérito contra ex-chefe de polícia

Para a Promotoria, não há provas de que ele avisou subordinado sobre ação da PF no Rio

DIANA BRITO
DO RIO

O Ministério Público do RJ pediu ontem à Justiça que arquive o inquérito contra o delegado Allan Turnowski, ex-chefe de Polícia Civil.
Ele era acusado de violação de sigilo profissional por supostamente ter vazado informações a um inspetor investigado na Operação Guilhotina, da Polícia Federal, deflagrada em fevereiro.
A operação prendeu policiais civis e militares acusados de desviar armas do tráfico, fazer parte de milícias e vender informação sobre ações da polícia, além de dar segurança a jogos de azar.
Turnowski havia sido indiciado com base numa escuta telefônica na qual aparecia conversando com um inspetor que estava sendo investigado. No telefonema, diz a PF, o delegado alertou o subalterno sobre a operação. Ele sempre negou a acusação.
De acordo com o Ministério Público, não há provas de que o ex-chefe da Polícia Civil tivesse conhecimento da operação. Para o órgão, não há nenhum indício de que tenha havido "contato do então chefe de polícia com os supostos indiciados".
A Promotoria também aponta que "outros alvos da operação não foram presos e não foram encontrados em suas residências e, em momento algum, se supôs que esses outros tenham sido informados por alguém".
Ainda segundo o Ministério Público, não faria sentido Turnowski alertar por telefone um investigado que estava sendo monitorado. "Seria ilógico que, sabendo que alguém é alvo de monitoramento, que se diga para a pessoa através do telefone, que ela está sendo monitorada", disse a Promotoria.
A Folha tentou contato com Turnowski ontem, mas ele não foi encontrado.


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