São Paulo, sábado, 12 de junho de 2004

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RIO

Prisão cria elo com facção criminosa
Levantamento feito pela Folha mostra que, dos 19 detentos identificados entre os 30 mortos na rebelião da Casa de Custódia de Benfica (zona norte), na semana passada, somente dois eram acusados de tráfico de drogas. Apesar disso, todos eles estavam separados em galerias de acordo com as facções que dominam o tráfico no Rio de Janeiro.
Os presos que ingressam no sistema penitenciário do Rio são identificados como integrantes de alguma facção ainda na delegacia de polícia, de acordo com o juiz titular da VEP (Vara de Execuções Penais), Carlos Augusto Borges. Segundo ele, a classificação começa no momento da prisão. Ela é feita de acordo com a quadrilha que controla os pontos-de-venda de drogas da favela próxima ao local de moradia do detido.
Além de induzir a uma rivalidade que poderia não existir, o juiz acredita que os presos acabam sendo levados a integrar uma facção depois de passar pelo sistema penitenciário.
Nenhum dos dois presos por tráfico que morreram durante a rebelião em Benfica, liderada por detentos da facção Comando Vermelho, era conhecido como chefe de pontos-de-venda de drogas. (FREE-LANCE PARA A FOLHA)


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