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No Rio, visita de comandante da PM ao morro do Alemão causa tiroteio
Ataque de traficantes ocorreu com a chegada do coronel Ubiratan Ângelo ao local
MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO
A presença por duas horas do
comando da Polícia Militar, ontem, no conjunto de favelas do
Alemão, Penha, zona norte do
Rio, provocou intensa troca de
tiros entre traficantes e policiais, assustou moradores e
causou constrangimento à cúpula da segurança do Rio.
O comandante da PM, coronel Ubiratan Ângelo, estava em
área próxima da qual traficantes atiravam em PMs, que respondiam com mais tiros. Ele e
sua comitiva chegaram a se encostar em um muro, assustados
com a intensidade do tiroteio.
Sem colete à prova de balas,
Ângelo chegou para encontro
com lideranças comunitárias
no morro do Caracol, no complexo do Alemão, sob intenso
tiroteio, mas procurando passar imagem de tranqüilidade
-apesar de cercado por homens com armas pesadas.
"A polícia reagia ao ataque
dos traficantes em ruas próximas. Não dá para dizer a quem
se dirigiam os tiros. Mas não
me senti intimidado. Quem deve se sentir intimidado é o tráfico", disse Ângelo após deixar o
local. Ele foi ao Alemão para
discutir a volta às aulas de
5.000 crianças da comunidade,
suspensas desde 27 de abril.
No confronto, o cabo Luiz
Cláudio Souza Corso, 39, foi
atingido nas pernas. Ele foi
operado, e seu estado é grave. A
PM faz operações no conjunto
de favelas do Alemão há 42
dias. Até a noite de ontem, 17
pessoas morreram.
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