DO "AGORA"

Os peritos da defesa de Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Jatobá, 24, acusados de matar a menina Isabella Nardoni, 5, filha de Alexandre, realizaram ontem, durante seis horas, simulações e medições no apartamento de onde a criança foi jogada no dia 29 de março.
Segundo a perita criminal Delma Gama e Narici, os trabalhos de ontem tiveram como base as perícias da Polícia Civil no imóvel, que pertence aos réus e que fica no sexto andar do edifício London, na zona norte de São Paulo.
"Encontramos elementos que nos abismaram. Constatamos que há situações impossíveis de terem acontecido da maneira como eles [Polícia Civil] disseram nos laudos do caso", afirmou ontem a perita, após a vistoria.

Conclusões
Segundo Delma, a perícia paralela comprovou as três principais teses dos técnicos da defesa. A primeira delas é que as marcas de tela de proteção da janela de onde Isabella foi jogada, encontradas na camisa que Alexandre Nardoni usou no dia do crime, foram impressas em sua roupa porque ele olhou pelo buraco feito na rede com o filho de três anos no colo -e não porque teria arremessado a menina Isabella.
Além disso, a perita da defesa concluiu que a menina não foi agredida ou asfixiada dentro do apartamento, que o edifício London é vulnerável e que uma terceira pessoa, que deve ter entrado no imóvel, provavelmente matou Isabella.
Os trabalhos foram iniciados às 9h30 e tiveram a participação de Delma, do legista George Sanguinetti, do físico Francisco Santana, de dois assistentes, de um desenhista, um cinegrafista, um fotógrafo, do pai de Alexandre, Antonio Nardoni, e dos três advogados dos acusados.
As primeiras vistorias foram realizadas no apartamento. Em seguida, peritos desceram para o gramado onde o corpo de Isabella caiu. O solo da área foi examinado e medido pelos técnicos da defesa, assim como a garagem do edifício.


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