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Resultado diminui desigualdades regionais
De primeira a quarta série, a melhoria mais significativa aconteceu no Nordeste, que tinha meta mais rígida, segundo Haddad
Entre os alunos da oitava série do fundamental, os melhores desempenhos são dos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O avanço mais intenso em
municípios das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste do
país fez com que as desigualdades regionais em termos de
qualidade do ensino diminuíssem, apesar de ainda serem
bastante elevadas.
No primeiro ciclo do ensino
fundamental (primeira a quarta série), a melhoria mais significativa aconteceu no Nordeste,
região onde o Ideb, em dois
anos, passou de 2,9 para 3,5. No
mesmo período, o índice do Sudeste variou de 4,6 para 4,8.
Com isso, em 2005, 1,7 ponto
separava as duas regiões. Em
2007, essa distância passou a
ser de 1,3 ponto.
Maior avanço
Nessa etapa da educação, os
Estados que apresentaram
maior avanço foram Alagoas,
Maranhão e Mato Grosso do
Sul. Todos verificaram, de 2005
para 2007, um aumento de 0,8
ponto em seu Ideb.
Em quase todas as unidades
da federação, a melhora aconteceu tanto nas médias dos alunos quanto nos índices de aprovação, e as metas estipuladas
para 2007 não só foram cumpridas como já ultrapassadas.
O único Estado que não cumpriu a meta no primeiro ciclo
do ensino fundamental foi Minas Gerais, apesar de ter chegado bem perto: teve média no
Ideb 4,7, quando a meta para
2008 era 4,8.
Para o ministro Fernando
Haddad, é positivo que os Estados do Nordeste tenham melhorado mais, já que a meta para essa região era também mais
rígida. "As metas para o patamar mais baixo são mais exigentes. É natural, porque o esforço para melhorar vai ficando
cada vez mais presente. É quase
como uma Copa do Mundo. O
primeiro jogo não é igual à final. A dificuldade vai aumentando a cada jogada."
Apesar da melhora, são os
Estados do Norte e do Nordeste
os que continuam nas piores
posições no ranking da quarta
série. Os menores Idebs nessa
fase de ensino são dos Estados
Bahia, Alagoas e Pará. Os melhores são de Distrito Federal,
Paraná e São Paulo.
Segundo ciclo
No segundo ciclo do ensino
fundamental, avaliado a partir
de provas aplicadas a alunos da
oitava série e pelos índices de
aprovação, somente dois Estados (Amapá e Pará) não atingiram as suas metas. Nessa etapa,
os melhores desempenhos são
de São Paulo, Santa Catarina e
Paraná, enquanto os piores são
encontrados na Paraíba e em
Pernambuco e Alagoas.
Ensino médio
Essa tendência de diminuição das desigualdades regionais
só não se mostrou no ensino
médio, onde os resultados, em
geral, não foram tão positivos
quanto nos níveis anteriores.
Nesta etapa da educação brasileira, dez Estados não cumpriram suas metas e, em sete deles, o resultado até piorou.
O destaque negativo desse
grupo é de Sergipe, como Estado que já não estava entre os
melhores e onde foi verificada
maior diminuição do Ideb.
Em 2005, a nota média dos
sergipanos no ensino médio era
de 3,3, o que colocava o Estado
na 11ª maior média. Dois anos
depois, a nota caiu para 2,9 e,
com isso, passou a ser apenas o
22º do ranking.
No ensino médio, os melhores desempenhos foram verificados no Paraná, em Santa Catarina, no Distrito Federal e em
São Paulo. No final da lista aparecem Piauí, Amapá e Pará.
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