São Paulo, sábado, 12 de junho de 2010

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Corpo de Mércia Nakashina é encontrado

Pai pediu a pescador que fizesse buscas onde carro da advogada havia sido localizado

Vagner Campos/Futura Press
Márcio Nakashima chora ao lado da represa de Nazaré Paulista (64 km de SP), onde corpo de sua irmã foi encontrado

ANDRÉ MONTEIRO
FERNANDA PEREIRA NEVES
DE SÃO PAULO

TATIANA SANTIAGO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO PAULO

O corpo da advogada Mércia Mikie Nakashima, 28, que estava desaparecida desde o dia 23 de maio, foi localizado ontem na represa de Nazaré Paulista (64 km de São Paulo), um dia depois de o carro da jovem ter sido encontrado no mesmo local.
A advogada havia sido vista pela última vez ao deixar a casa da avó, em Guarulhos (Grande SP).
O ex-namorado e ex-sócio de Mércia, Mizael Bispo de Souza, 40, é apontado pela polícia como principal suspeito do crime.
Ele já foi ouvido duas vezes pela Polícia Civil e negou envolvimento. Ontem, o advogado Samir Haddad Júnior, que representa Souza, afirmou que seu cliente chorou muito ao saber da morte.
No começo da noite, a polícia fazia busca na casa do suspeito. Até por volta das 20h30, a polícia não havia dado detalhes sobre a operação, mas, segundo o "SPTV", da TV Globo, uma camisa rasgada e um sapato sujo de terra foram apreendidos. À noite, a reportagem tentou contato com o advogado de Souza pelo telefone, mas não obteve sucesso.
Segundo o titular da divisão de proteção à pessoa do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Itagiba Franco, a Justiça de Guarulhos decretou sigilo sobre o caso. O delegado não soube informar quem fez o pedido.
O corpo de Mércia foi localizado pelo pescador Roberto Yamaushi, 47, que fazia buscas a pedido do pai da advogada na represa onde o carro dela foi encontrado.
"Eu resolvi sair de barco para verificar as margens [da represa] e encontrei o corpo dela boiando de bruços", disse Yamaushi.
Peritos que compareceram à represa fizeram uma primeira avaliação de que ela tenha morrido afogada. Ela não sabia nadar e não havia ferimentos no corpo.
O carro da advogada foi periciado no fim da tarde de ontem. Alguns objetos foram retirados do veículo e ensacados pelos peritos.
Ao ser questionada se o estado do carro poderia prejudicar a perícia, a delegada Elisabete Sato, chefe da divisão de homicídios do DHPP, disse que sim.
"Prejudicou, pois ficou muito tempo submerso. O carro estava bastante enlameado". Apesar disso, segundo ela, "foi possível colher bastante material".


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