|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Corpo de Mércia Nakashina é encontrado
Pai pediu a pescador que fizesse buscas onde carro da advogada havia sido localizado
Vagner Campos/Futura Press
|
|
Márcio Nakashima chora ao lado da represa de Nazaré Paulista (64 km de SP), onde corpo de sua irmã foi encontrado
ANDRÉ MONTEIRO
FERNANDA PEREIRA NEVES
DE SÃO PAULO
TATIANA SANTIAGO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO
PAULO
O corpo da advogada Mércia Mikie Nakashima, 28, que
estava desaparecida desde o
dia 23 de maio, foi localizado
ontem na represa de Nazaré
Paulista (64 km de São Paulo), um dia depois de o carro
da jovem ter sido encontrado
no mesmo local.
A advogada havia sido vista pela última vez ao deixar a
casa da avó, em Guarulhos
(Grande SP).
O ex-namorado e ex-sócio
de Mércia, Mizael Bispo de
Souza, 40, é apontado pela
polícia como principal suspeito do crime.
Ele já foi ouvido duas vezes pela Polícia Civil e negou
envolvimento. Ontem, o advogado Samir Haddad Júnior, que representa Souza,
afirmou que seu cliente chorou muito ao saber da morte.
No começo da noite, a polícia fazia busca na casa do
suspeito. Até por volta das
20h30, a polícia não havia
dado detalhes sobre a operação, mas, segundo o "SPTV",
da TV Globo, uma camisa
rasgada e um sapato sujo de
terra foram apreendidos. À
noite, a reportagem tentou
contato com o advogado de
Souza pelo telefone, mas não
obteve sucesso.
Segundo o titular da divisão de proteção à pessoa do
DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Itagiba Franco, a Justiça de Guarulhos decretou sigilo sobre o caso. O delegado
não soube informar quem fez
o pedido.
O corpo de Mércia foi localizado pelo pescador Roberto
Yamaushi, 47, que fazia buscas a pedido do pai da advogada na represa onde o carro
dela foi encontrado.
"Eu resolvi sair de barco
para verificar as margens [da
represa] e encontrei o corpo
dela boiando de bruços", disse Yamaushi.
Peritos que compareceram
à represa fizeram uma primeira avaliação de que ela tenha morrido afogada. Ela
não sabia nadar e não havia
ferimentos no corpo.
O carro da advogada foi
periciado no fim da tarde de
ontem. Alguns objetos foram
retirados do veículo e ensacados pelos peritos.
Ao ser questionada se o estado do carro poderia prejudicar a perícia, a delegada
Elisabete Sato, chefe da divisão de homicídios do DHPP,
disse que sim.
"Prejudicou, pois ficou
muito tempo submerso. O
carro estava bastante enlameado". Apesar disso, segundo ela, "foi possível colher bastante material".
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Por aí Festas de são Vito no Brás disputam a mesma rua Índice
|