da Reportagem Local

Três anos após a explosão de gás que matou 42 pessoas e deixou 137 feridos no Osasco Plaza Shopping, em Osasco, na Grande São Paulo, a empresa que controla o shopping diz ter fechado 77 acordos indenizatórios com parentes e vítimas.
As indenizações por perdas e danos somam quase R$ 3,7 milhões -média de R$ 47,7 mil por pessoa. O shopping diz ter gasto outros R$ 2,7 milhões com assistência médica, social e transporte para as vítimas.
A B-7 Participações, empresa responsável pelo shopping, afirma que ainda negocia com outras 35 vítimas e parentes de mortos. Quem faz acordo assume compromisso legal de não pedir mais nada como indenização.
Parte dos feridos e de parentes dos mortos não aceitam os valores que vêm sendo oferecidos pelo shopping desde outubro do ano passado e protestaram ontem em frente ao Osasco Plaza.
Eles pediram rapidez da Justiça na condenação criminal dos seis acusados (dois responsáveis pelo shopping e quatro pela construtora) denunciados pelo Ministério Público por explosão dolosa. O ato reuniu cerca de 200 pessoas.
Para a jornalista Rosa Eleutério, 47, integrante da Comissão de Apoio às Vítimas do Osasco Plaza Shopping, quem aceitou acordo o fez por "extrema necessidade".
A B-7 diz que pretende acionar a construtora (Wysling Gomes) e a gerenciadora da obra (BRR) do shopping por considerá-las responsáveis pelo acidente. "Assumimos a responsabilidade social pelo acidente sem esperar pelas duas empresas", diz Marcelo Zanotto, diretor da B-7.
(MARCELO OLIVEIRA)

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