DA SUCURSAL DO RIO

A Secretaria Estadual de Justiça do Rio de Janeiro está estudando a instalação de aparelhos que impedem ligações de telefones celulares de dentro de presídios.
Os aparelhos, que provocam interferências nas ligações, ainda não passaram por licitação, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça.
A assessoria também informou que, mesmo quando a licitação terminar, nem o funcionamento nem a data da instalação dos aparelhos nos presídios serão divulgados, para que a informação não chegue aos detentos.
A idéia de instalar os detectores de telefones celulares tomou força depois do sequestro do pastor Isaías de Souza Maciel, 75, no dia 11 do mês passado.
Para libertá-lo, a DAS (Delegacia Anti-Sequestro) teve de negociar com um criminoso detido no presídio de Bangu 3. A negociação não funcionou e a polícia invadiu, no dia 21, o cativeiro e libertou Maciel.
O diretor da DAS, Fernando Moraes, explicou que negociou com Carlos Brás Victor da Silva, o "Fiote", porque as nove pessoas envolvidas no sequestro eram ligadas a ele. "Fiote", preso em 96 no Espírito Santo, foi condenado por sequestro, homicídio e roubo.
O pastor foi encontrado numa favela em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, algemado e com as pernas presas a uma tora. Ele estava há 10 dias sem comer. A principal suspeita dos policiais é de que o sequestro tenha sido comandado por "Fiote" por meio de celular, dentro de Bangu 3.



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