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USP atrasará entrega de 6.000 diplomas
Invasão do prédio da reitoria por 50 dias prejudicou o trabalho de registro, segundo a secretária-geral da instituição
Segundo a reitoria, a ocupação do prédio pelos estudantes ocorreu justamente no período de maior demanda pelo serviço
DA REPORTAGEM LOCAL
A secretária-geral da USP,
Maria Fidela Navarro, estima
que 6.000 diplomas de graduação serão entregues com atraso
por causa da invasão ao prédio
da reitoria. A ocupação por parte dos alunos teve início em
maio e durou 50 dias, causando
a paralisação do trabalho.
"Ainda estamos recebendo a
mesma quantidade de diplomas, mas a expectativa é que,
no começo de agosto, comece o
acúmulo dos documentos que
não foram enviados em maio e
junho." Se isso acontecer, afirma, serão necessários dois meses para normalizar a situação.
A reitoria, afirma, ficou ocupada pelos estudantes justamente nos meses de maior demanda por registro de diplomas. "As escolas sempre levam
um tempo para encaminhar os
documentos e, quando chega
maio, o volume aumenta." Para
ela, o acúmulo só não ocorreu
ainda por conta das férias.
Navarro explica que, além
dos diplomas de seus estudantes, a USP é responsável pela
validação dos documentos de
mais 167 outras escolas de graduação e sete de pós-graduação. "Por ano, registramos cerca de 50 mil diplomas. Em situações normais, esse processo
leva um mês. Com o acúmulo,
irá demorar mais", afirma.
Até ontem, a USP não tinha a
relação final dos prejuízos causados pelos invasores da reitoria. Essa informação deve ser
divulgada nos próximos dias.
"Independentemente da situação, já estamos trabalhando a
todo vapor", diz.
Mais atrasos
Também por conta da invasão, a licitação para contratação de uma empresa que fará os
diplomas antifraude da universidade, anunciados no ano passado, está atrasada.
Apenas na semana passada a
reitoria pôde receber amostras
do novo material para analisar.
Com o modelo antifraude aprovado, todos os diplomas da USP
passarão a ser iguais, com mesmo tamanho e modelo.
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