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Para avô, foto de bebê é do filho de Eliza
Álbum queimado com fotos de um bebê foi encontrado pela Folha a menos de três metros do sítio de Bruno
Pai de modelo afirma que "parece destruição
de pista"; álbum será entregue à Polícia Civil
de Minas Gerais hoje
ALEXANDRE PALMAR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM FOZ DO IGUAÇU
Luis Carlos Samudio, 43,
pai de Eliza Samudio, a modelo e ex-amante do goleiro
Bruno Fernandes que está
desaparecida, disse ontem
que é seu neto o bebê que
aparece na foto encontrada
pela Folha a três metros da
cerca do sítio do jogador,
num condomínio em Esmeraldas (MG).
A reportagem levou a imagem, arquivada em um notebook, até a casa de Samudio,
em Foz do Iguaçu (PR). Ao
exibi-la, o pequeno empresário levou as mãos ao rosto e
esboçou um choro. "Parece
que alguém estava querendo
destruir uma pista de algo errado que fez", disse.
Segundo ele, só isso pode
explicar a razão para alguém
querer destruir uma foto de
criança, possivelmente, para
apagar pistas que possam relacionar Bruno ao desaparecimento da filha.
Samudio chegou a pegar
uma foto do neto, tirada em
Minas Gerais, quando ele obteve licença para levá-lo até
Foz do Iguaçu, e a comparou
com a imagem do notebook
da reportagem.
Parcialmente queimada, a
imagem vista por Samudio
ontem estava num álbum
com outras oito fotografias
que a reportagem encontrou
no sábado. Em três dessas fotos, o rosto do bebê é nítido.
Nas outras imagens, aparecem apenas partes do corpo.
De acordo com depoimentos de dois envolvidos no caso do desaparecimento de
Eliza -dois primos do jogador, entre eles um menor de
idade-, a mãe e o bebê foram levados ao sítio de Bruno
no início de junho, após serem sequestrados por Luiz
Henrique Romão, o Macarrão, braço direito do atleta e
que está preso.
O álbum encontrado será
entregue hoje à Polícia Civil
de Minas Gerais, que conduz
a investigação do caso.
Ainda no sábado, quando
o álbum foi encontrado, a reportagem ligou para o delegado Edson Moreira querendo entregá-lo ontem. Ele disse que estava em viagem e
que a entrega deveria ser feita hoje. Procurada pela Folha, a delegada Alessandra
Wilke, que também atua no
caso, não foi encontrada.
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