São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 2011

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ANÁLISE

É difícil competir com regiões como a da av. Chucri Zaidan

RAUL JUSTE LORES
EDITOR DE MERCADO

O enésimo projeto para a Nova Luz parece bem correto: mistura de moradia, comércios e entretenimento, conciliação de construções modernas com patrimônio histórico e até uma reserva de habitação popular para que os mais pobres não sejam desterrados, de novo, para os confins da cidade.
Mas a Nova Luz, cracolândia mais que nunca, é mesmo prioridade? A prefeitura está a um passo de aprovar a construção de mais um distrito financeiro na av. Chucri Zaidan, perto do Morumbi.
As grandes construtoras, que não duvidam da celeridade da prefeitura com a Chucri, já colocaram lá seus logotipos nos tapumes.
Como, então, atrair investimentos à Nova Luz?
Na Nova Luz, o empreendedor terá que se submeter a um plano diretor feito pela empresa americana Aecom, com espaços para o comércio nos térreos, usos mistos -sob risco de uma desapropriação que pode ser lenta.
Se a prefeitura facilita a construção desenfreada onde não existe patrimônio histórico "estorvando" empreiteiras, fica difícil para a Nova Luz competir.
Programas bem-sucedidos de renovação de áreas degradadas, em Londres, Hamburgo ou Barcelona, souberam canalizar a demanda imobiliária - estimulando a recuperação de áreas centrais e dificultando a suburbanização. Às vésperas de período eleitoral, a prefeitura precisa deixar claro de quem será a prioridade desta vez.


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