São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 2011

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FOCO

Guarda Luizinho diz que orientar é melhor que multar

GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

Em vez do talão de multas, um guia de ruas para orientar quem estava perdido. No lugar de uma arma, um revólver de espoleta. Com esses prosaicos apetrechos atuava o Guarda Luizinho, que ficou famoso entre as décadas de 1960 e 1980 por organizar o trânsito no centro da cidade de forma bem humorada.
Aos 71 anos, Luiz Gonzaga Guarda Luizinho Leite -ele foi a um cartório para transformar o apelido em nome, em 1982- diz que multar os motoristas que desrespeitam os pedestres, como está fazendo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), não vai dar fim à disputa entre os carros e os que seguem a pé.
"Orientar e prevenir é muito melhor do que punir", diz. A receita de Luizinho difere da usada pela CET, que aumentou a fiscalização.
Luizinho mostra orgulhoso as fotos dele em ação na praça Ramos de Azevedo. Diante da figura sempre de capacete e apito, ninguém punha o pé na faixa até que os carros parassem no sinal vermelho. Quem desrespeitava a regra era obrigado a voltar e atravessar de novo, só que de mão dada com ele.
Parar o carro sobre a faixa na hora da travessia tinha uma "punição" inusitada. Ele abria as portas do veículo infrator e os pedestres atravessavam a rua por dentro dele. "Claro que eu pedia autorização para o dono. Mas o legal é que as pessoas respeitavam quando viam aquilo", diz Luizinho, que foi eleito em 2005 conselheiro tutelar no Tucuruvi (zona norte).


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