São Paulo, sexta, 12 de setembro de 1997.



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Depoimento é a única prova

da Reportagem Local

O depoimento do motoboy Batista é a única prova que a polícia tem contra os soldados da Polícia Militar Paulo de Tarso Dantas e Sergio Eduardo Pereira de Souza.
Em seu depoimento, Batista afirma que sequestrou o garoto e o entregou a Dantas, que havia planejado toda a ação. O motoboy também afirma que Dantas deu os dois tiros que mataram o estudante. Após a morte, segundo Batista, Dantas o teria obrigado a enterrar o corpo no quarto de sua casa.
"O depoimento do motoboy é a única prova que temos contra os policiais. Temos também outras evidências que ainda estamos investigando. Mas o depoimento é uma prova forte, que permitiu que eles fossem autuados em flagrante", afirmou o delegado Paulo Fortunato, do Diprocom.
Fortunato considera fundamental para a investigação encontrar as mulheres de Batista e Dantas, que estão desaparecidas desde sexta-feira passada, quando os acusados foram presos. O delegado não descarta que elas estejam envolvidas no crime ou, pelo menos, na ocultação do cadáver.
Dia do crime
A Folha apurou que, no depoimento que Batista prestou à polícia na terça-feira -o primeiro após o encontro do corpo-, ele afirmou que o garoto foi morto na sexta, dia 29 de agosto, poucas horas após ter sido sequestrado.
Segundo ele, o assassinato teria sido decidido por Dantas, que havia sido reconhecido por Ives.



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