São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Radiação solar supera a média do inverno

Incidência de raios solares ficou acima de 800 watts por m2; no inverno, máximas costumam ficar em torno de 700 w/m2

A precaução recomendada pelos especialistas nesses casos é usar protetor solar, boné ou chapéu e evitar a exposição ao sol

MICHELE CARVALHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
No dia mais quente do ano na cidade de São Paulo e em algumas cidades do interior, a incidência de raios solares no Estado também atingiu níveis muito altos, só comparáveis aos registrados durante o verão.
O maior índice de radiação solar foi registrado no interior: em Ribeirão Preto, às 13h, chegou a 938 watts por metro quadrado. Paulínia marcou 926 802 w/m2. A capital registrou o menor índice de radiação entre as seis estações da Cetesb com medição ontem: 802 w/m2, também às 13h.
Segundo a gerente do setor de meteorologia da Cetesb, Clarice Muramoto, a radiação máxima no verão é de cerca de 1.000 w/m2. No inverno, as máximas deveriam ficar em torno de 700 w/m2.
Clarice afirmou que a medição depende da posição do sol em relação ao planeta, das latitudes e da nebulosidade. "Raramente, mesmo no verão, os valores ultrapassam mil", disse a meteorologista.
Os aparelhos têm capacidade para medir a radiação entre 0 e 1.500 w/m2. Em dias quentes e com céu claro, como ontem, a incidência da radiação tende a ser maior.
Dentro da radiação solar estão as radiações ultravioletas, divididas em UVA e UVB. A radiação UVA não causa danos diretos à saúde, mas estimula a produção de ozônio, poluente que causa irritação nas vias respiratórias e na garganta.
"A radiação reage com o monóxido de nitrogênio -fumaça dos carros- e forma o ozônio. Quanto mais energia e calor, maior a formação de ozônio", afirmou Clarice.
Já a radiação UVB atinge diretamente a pele e pode causar queimaduras, manchas na pele, catarata e até câncer de pele.
Em Ribeirão Preto, a radiação UVB alcançou ontem o índice 9, considerado muito alto, segundo o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) -o índice varia de 1 a 14.
A pesquisadora do instituto, Simone Costa, disse que a recomendação em casos de alta radiação como ontem é usar protetor solar, evitar exposição ao sol e usar boné ou chapéu.


Texto Anterior: Em pleno inverno, SP tem temperatura mais alta do ano
Próximo Texto: Barbara Gancia: Galinhas chocas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.